No
final de abril e início de maio de 2016, participei junto aos diretores da rede
SEB, da 3ª edição do MEM (Motivação, Estratégia e Mudança). Trata-se de um
grande encontro corporativo no qual discutimos os rumos da educação mundial e
as novas tendências em tecnologias educacionais e aperfeiçoamento de gestão
educacional. Nesse encontro anual, temos a oportunidade de compartilhar com
colegas de todo Brasil as nossas experiências, socializar ideias e, acima de
tudo, conhecer as últimas tendências na educação mundial. É, portanto, uma
ótima oportunidade para nos atualizarmos, como também contribuirmos no
aperfeiçoamento do nosso modelo educacional de forma a colocarmos em sintonia o
que está sendo feito em todo o mundo globalizado. Para tanto, ficamos imersos
em um resort, com o objetivo de, através de palestras, oficinas e debates,
quebrarmos paradigmas e colocar o olhar em cima de um mundo contemporâneo e as
suas múltiplas linguagens. Refiro-me aqui às linguagens das crianças e
adolescentes do século XXI.
Após
uma semana de muito trabalho e novidades, já no aeroporto, o diretor de nossas
escolas em Salvador me perguntou se eu já havia lido o livro “Como Fazer Amigos
e Influenciar Pessoas”. Diante de minha negativa, o colega me intimou a ler o
livro, que segundo ele, o teria impactado positivamente. Não esperei mais.
Dirigi-me à uma livraria e pronto, para adquirir o precioso livro. Fazer amigos
é muito importante e influenciar positivamente também. Fiquei curioso e durante
todo o voo segui lendo atenciosamente o livro. O autor é o escritor Dale Carnegie
e a editora é a Companhia Editora Nacional. Vale muito a pena vocês lerem,
tenho certeza que irão adorar!
O livro é uma rica mensagem que nos orienta
como devemos tratar o outro e também de como devemos nos reposicionarmos quanto
à forma na qual nos colocamos diante do outro. Sinceramente, o máximo! A ideia é mesmo ajudar a gente a resolver um
problema grande: o de se relacionar bem com as pessoas e influenciá-las na vida
cotidiana, no trabalho e nos contatos sociais. Mas não é só isso, ajuda a gente
a lidar com o outro, cativando-o e ganhando a confiança do outro. Já imaginou o
quanto isso pode nos ajudar na relação dos pais com os filhos?
Como
sempre trago o que aprendo, compartilhando com vocês, me deu uma vontade enorme
de partilhar esse aprendizado que pode nos ser útil em nossa rotina com os
nossos filhos. Quando me refiro ao outro, não me refiro ao estranho, ao colega
de trabalho, mas o ser que existe na outra pessoa. Pode ser ele o seu filho,
esposa ou marido. Já imaginou que o outro, é todo aquele ser, indivíduo que não
é você? O outro é aquele que mora em outra pessoa. Os filhos são os outros
também. De imediato na leitura do livro, aprendi que fazer o outro feliz,
demonstrando confiança ou dando importância ao que ele faz, é fundamental para que
esse outro nos receba bem. Esse receber bem, não é exatamente a acolhida
afetuosa, quando chegamos em um lugar. Esse receber é no sentido de aceitação
de ti. É quando você é aceito de forma natural e tranquila, sem precisar se
impor ou sem precisar de utilizar de artifícios para ser reconhecido e aceito.
Na relação com as pessoas que amamos, é essencial que essa aceitação aconteça
suavemente, sem rejeição ou defesa do outro. Já ouvi de crianças, que não
contaram uma situação aos pais, por temer aspereza deles ao conhecer o fato.
Essa falta de confiança na relação é uma defesa do outro, tentando se proteger
de alguma forma de agressão.
Embora
não seja lá muito fácil, nós, para fazermos amigos (no caso, o outro que
amamos), necessitamos de ser um bom ouvinte e um incentivador capaz de fazer
com que as pessoas falem de si. Ouvir o outro, é vencer o nosso próprio
egoísmo. Somos craques em achar que já sabemos o que o outro tem a dizer. Ouvir
o outro, é fazer com que essa pessoa se sinta importante. Essa é a lei da
conduta humana de máxima importância, fazer o outro feliz, sem cobrar nada em
troca, sem negociar. Ouvir, entender e fazer sempre a outra pessoa importante.
Se conseguir vencer essa etapa, será capaz de conquistar as pessoas a pensarem
de seu modo. Convencer o outro é parte desse processo de dar importância ao
outro. Uma pessoa convencida contra a sua vontade, conserva sempre a sua
opinião original, o que claramente significa que não houve o convencimento e
por isso os erros continuarão a acontecer. Vocês não podem vencer uma
discussão, se não existir o convencimento do outro. Esse convencimento vem da
conquista, que vem da escuta. Portanto, vamos aprender a ouvir!
Como
estamos falando em conquistar, seguem algumas dicas sensacionais: Acolham a
divergência, pois toda unanimidade é equivocada. O contraditório enriquece os
saberes da vida. Desconfiem sempre de sua intuição instintiva, pois a nossa
tendência é sempre nos colocarmos na defensiva. Controlem os seus impulsos,
tudo que excede, derrama. Ouçam em primeiro lugar, isso faz toda a diferença,
pois vocês demonstrarão o respeito ao outro. Procurem áreas de concordância.
Saibam que a verdade não tem dono. Sejam honestos sempre com o outro. A
transparência gera confiança que gera demandas positivas e iniciativas grandes.
Agradeçam sinceramente a possibilidade que estão tendo de crescer na relação com
o outro. Pensando sempre que esse outro, é alguém que você ama.
Nossa perfeito...ja conhecia o livro, porem nunca li sempre achei o meu ponto forte..mas ao ler suas posições parecia que eu estava falando...temos muitos pontos em comum...Acho que o meu filho esta na escola certa...graças a Deus. que Assim seja.
ResponderExcluirOlá Cristina! Muito obrigado pela confiança e carinho de suas palavras. Estamos juntos!
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