segunda-feira, 24 de outubro de 2011

Você já conversou com seu filho hoje?

A maioria dos problemas advindos do relacionamento de pais e filhos se resolve com uma boa conversa, mesmo em se tratando de crianças menores. É muito importante o diálogo para que os pais sintam as dificuldades dos filhos, que certamente existem, pois crianças e adolescentes não são peritos em resolver conflitos. Eles precisam sempre de alguma ajuda, até para a solução de coisas pequenas. Quando crescem um pouco e já são adolescentes, aí sim que o diálogo em casa ganha mais importância.
Existem várias formas de diálogo, e os pais têm que saber disso. Muitas vezes, inclusive o silêncio deve ser lido como uma forma de expressão que deve ser respeitada, ou, dependendo, investigada mesmo. Agora veja... Comunicar, dialogar significa também escutar. Para que haja uma boa conversa é importante a escuta da criança ou do adolescente. Só assim conseguiremos entender onde está o problema, para depois buscarmos caminhos juntos. Mais ainda, precisamos estar atentos às diversas formas de expressão e, claro, à faixa etária de nossa criança. Não podemos exigir que uma criança de 5 anos tenha a capacidade de verbalização de uma criança na pré-adolescência ou mesmo a de um jovem que se expressa com mais complexidade. E que complexidade! Eles falam não só através das roupas, do cabelo, do grupo social, mas também, e principalmente, através das redes sociais. São complicados mesmo! Mas veja, nós é que temos obrigação de nos aproximarmos de forma  a termos abertura para o diálogo.
O que mais atrapalha no relacionamento pai e filho é o receio por parte dos filhos de não serem compreendidos. Experiências passadas, em que a criança ou jovem não tiveram boa aceitação, podem provocar uma mágoa e, com certeza, insegurança. Como não querem ter uma experiência constrangedora, então se fecham. Cuidado com isso! Muito cuidado para não perder a confiança dos filhos no que tange à certeza de que haverá diálogo, escuta, compreensão. Lembre que isso não significa ceder, caso seja necessário manter um posicionamento mais firme em caso de disciplina.
A comunicação na família é essencial para que os filhos desenvolvam habilidades futuras na questão de se comunicar na sociedade e até mesmo em seus relacionamentos pessoais e íntimos. Se tiveram “espaço” em casa, saberão dialogar com o cônjuge e com os filhos também. É através da comunicação que os sentimentos e opiniões podem fluir livremente, propiciando um ambiente mais verdadeiro e feliz.
            Como sempre procuramos dicas que nos auxiliem em nosso dia-a-dia com os filhos, seguem sugestões que podem ajudar:

·       Mostre interesse sobre os assuntos diários dos filhos. Pergunte-lhe como foi na escola. Peça-lhe que conte algo que observou ou mesmo achou engraçado.
·        Jamais desvalorize seu filho(a) ou faça críticas que o exponha.
·        Respeite a privacidade da criança e do adolescente.
·        Esteja sempre à mesa com a família, fazendo refeições todos juntos.
·        Incentive o diálogo, valorize o que está sendo posto e respeite as opiniões dos filhos.

Vamos lá. Tudo vai dar certo, e as nossas crianças crescerão felizes. A única coisa que você não pode esquecer é que “tudo passa... só você fica com você!” (Gasparetto)

terça-feira, 18 de outubro de 2011

Eu... comigo mesmo

Somos todos educadores!


Todo ser humano é um educador em potencial, e sabemos ser a Educação elemento fundamental para a sobrevivência de nossa civilização.  A Educação corrige e dá norte à evolução humana. É o esteio da sociedade e, certamente, a base da reprodução da cultura em todo o mundo.
Educador não é somente quem se propõe a ensinar; aquele que é modelo para outro já se torna um educador, pois influencia até no jeito de ser e de ver o mundo. Por isso mesmo, um dia desses, recebi um e-mail muito atencioso e gentil de uma mãe de um aluno de nossa Escola, sugerindo que escrevesse aos pais, pedindo ajuda na questão do trânsito na proximidade da Escola.
Por onde já passei, ao longo de minha experiência, isso é mesmo muito complicado. Há concentração de veículos e muitos pedestres. Ao término das atividades, a quantidade de alunos que saem é grande, mesmo com um planejamento de desencontro de horários dos alunos maiores.
O fluxo grande de alunos provoca um grande movimento de pais e responsáveis que vêm buscar as crianças. E isso exige muita paciência da gente. Buzinar, estacionar em áreas proibidas, desrespeitar a sinalização, parar o trânsito aguardando a chegada da criança não ajuda. Só complica! E, pior, ensina errado aos futuros condutores. Precisamos ter consciência de que, como educadores que somos, temos que dar o bom exemplo, respeitar a sinalização e o direito das pessoas.
Em ecologia, também estamos sempre ensinando com exemplos. Desperdiçar água, jogar papel no chão, atirar lata de refrigerante pela janela do carro e sujar a areia da praia nos transformam em exemplos que os filhos espelharão. A força do exemplo é maior que a força das palavras. Precisamos estar atentos a isso para a boa educação de nossas crianças. Como tenho dito, a escola, sozinha, não consegue: precisamos caminhar juntos para que as crianças sintam a força da boa educação. O tempo todo temos que ensinar-lhes o que é correto para que possam aprender sempre o que é bom.
O lucro do viver em grupo e ser educado pelo grupo é isto: um descobre, cria, inventa;  os outros seguem o exemplo, copiam. É assim que acontece em família, na escola ou em qualquer outro lugar. Se os pais fazem, por que os filhos não podem fazer? Se o educador faz, por que o aluno não pode fazer? Se o colega faz, por que eu não posso fazer?
Pois é, por isso mesmo devemos fazer o certo e garantir que as nossas crianças estejam convivendo com pessoas educadas, pois certamente algo copiarão.
A ideia desta reflexão, caros amigos, é chamá-los a eternizar com os filhos o compromisso de melhor ensinar e de ser educador, pois somos todos, pais e professores, educadores de pessoas. Por isso eu disse: somos todos educadores!



Referência: TIBA, Içami. Pais e educadores de alta performance: psicologia aplicada, Integrante editora. São Paulo, 2011.

A sua criança está dormindo bem?




Muitas crianças dormem pouco ou mal porque não desenvolveram bons hábitos de sono. Ficam até tarde assistindo à TV ou na internet, e isso, como já sabemos, não é aconselhável. A criança necessita de sono para o seu bom desenvolvimento. Até quatro ou cinco anos, a criança necessita dormir cerca de 10 horas por noite. É necessário sim! Nada mudou em relação a essa orientação dada pelos profissionais de saúde. Com o tempo, a necessidade de sono diminui, mas nunca para menos do que 8 horas diárias, índice que se mantém até a adolescência inclusive (p. 71).


O sono diário não só recompõe energia mas também favorece o crescimento, e,  principalmente, contribui para que, no dia seguinte, a criança esteja pronta para as atividades escolares. Acordará cedinho sem demora e terá um dia mais tranquilo e um melhor aproveitamento na escola. Criança descansada aprende melhor, brinca melhor e, claro, vai alimentar-se melhor. Por isso, temos que nos organizar para que a criança vá cedo para a cama. Faz bem para ela e também para a liberdade do casal. Lá em casa, as crianças vão para a cama às 20h30min. Sem estresse. Estão acostumados a essa rotina desde sempre. Se estão sem sono, o que é raro, então deverão permanecer na cama com um livrinho. Pronto, é sono na certa! O que não pode é ficarem acordados. Se deixarmos, ficarão até tarde acordados, o que não é bom.

Dormir bem é um hábito que devemos desenvolver nas nossas crianças e para que eles mantenham esse  hábito  saudável, seguem algumas dicas, cujo resultado é infalível:

  • Acostume sua criança a ir para cama sempre no mesmo horário. Todos os dias!
  • Procure evitar que as crianças menores deem aquela cochilada fora de hora. Certamente não terão sono mais cedo;
  • Faltando pouco para a hora de dormir, leve a criança para se trocar e escovar os dentes. Rotina e disciplina ajudam na formação do bom hábito;
  • Acompanhe-os à cama e faça carinho. Contar histórias é ótimo, mas não devem ser muito longas! Se souberem de cor melhor, pois não ficarão ansiosos pelas gravuras. Gente, foi assim que me tornei escritor de literatura infantil. Criei tanto, inventei tanto, que acabei escrevendo a minha historinha;
  • Terminada a história, pronto!, é hora de dormir mesmo. Deixe o quarto à meia luz se for o caso, despeça-se e saia. Se ela for atrás, insista e retorne com a criança para a cama;


É claro que a criança pode buscar formas de fugir às estratégias, mas seja firme, com ternura.

          Sei que não é fácil e que não existe uma fórmula pronta, mas é importante para a criança o sono e para o casal um momento para diálogo. Pense nisso! Não caia nesse modismo de mundo moderno, onde não se tem tempo para nada... nem para dormir! Organize a rotina das crianças menores e maiores e sentirá os benefícios na vida da criança e do casal. Filhos não atrapalham e não são impossíveis de serem educados. O que precisam é de orientação e de cuidado. Nós “pais  educadores” é que temos a obrigação de termos o controle de tudo. Experimente as sugestões... e que nossas crianças durmam com Deus!


Referência: ZAGURY, TÂNIA. Filhos: Manual de Instruções. Editora Record. São Paulo. 2011.