A auto estima é um sentimento que é
aprendido e desenvolvido ao longo da vida do ser humano. O tipo de educação que
uma criança recebe em casa e na escola será determinante para suas relações
sociais com o mundo em que ela vive e o
entendimento de seus fenômenos.
A criança, para ser feliz,
necessita acreditar que é capaz de criar, de desenvolver ideias, de errar e de
acertar, de transformar informações em conhecimentos, mas, acima de tudo, ela
precisa ter segurança em tudo que faz. Na Escola, nós, educadores, temos o
compromisso de torná-las autônomas e com motivação para as descobertas. Em
casa, essas mesmas obrigações cabem à Família.
Educar é promover às crianças situações
em que elas possam ir adentrando no universo dos sentimentos, das ideias, da
razão e das diversas sensações. Ela precisará, para crescer, construir o seu
saber, transpondo alguns limites e desenvolvendo habilidades e competências ao
mesmo tempo que aprenda que para viver será preciso, também, respeitar limites.
Essa construção será sólida na mesma proporção que sólida for a autoestima da
criança. Uma criança amada e valorizada em suas potencialidades é uma criança
feliz. Não vamos esquecer, no entanto, que nosso amor é também demonstrado aos
filhos quando disciplinamos, cobramos e encaminhamos. Não existe nada de errado
em educar. Aliás, essa é uma forma de amor mais perceptiva à criança. Educar é
amar!
E é nossa obrigação como pais e
educadores garantir que a criança tenha autoestima elevada. Para isso, é
necessário assegurar a ela condições emocionais adequadas para um bom
aprendizado na escola. Como? Respeitando seus limites e reconhecendo que a
construção da autoestima da criança passa pelo respeito às suas potencialidades. As crianças precisam
sentir sua capacidade produtiva valorizada e estar com a autoestima elevada
para que possam crescer felizes.
Dessa forma, é fundamental que pais
e educadores reflitam sobre as exigências que fazemos às nossas crianças. Ao cobrarmos algo que elas não conseguem
fazer, estamos contribuindo para que desenvolvam baixa autoestima. Por isso é importante valorizar o que elas
podem nos dar, o máximo de sua capacidade.
Mas isso não quer dizer que devamos
exigir dela o 10,0 ou 9,0. Lembro-me de minha mãe, que sempre me pedia nota
7,0. Ela dizia que sete estava ótimo. Essa cobrança nada mais era do que o
respeito a minha capacidade produtiva. Para mim, o sete sempre teve som de dez,
e, sinceramente, nunca que fui cobrado mais do que 70% em todos os cursos que
fiz. Esse respeito ao meu limite e, ao mesmo tempo, a cobrança sobre mim foram
suficientes para eu ser o profissional que sou e um adulto feliz e pleno.
Que gostoso isso! Pensem em
exemplos assim e saibam que, se sua criança não for dez, não significa que ela
é aluno ruim. Valorizem o que ela pode dar com esforço. Se puder dar mais, tem
que dar. Mas, se o que está conseguindo é o máximo naquele momento, então ela é
nota 10,0.
A escola não educa sozinha. Por isso defendo sempre
que é preciso estarmos juntos, escola e família, para a construção dos seres
humanos com a autoestima elevada, felizes e completos. Só assim teremos cumprido plenamente nosso papel de
educadores.
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