sexta-feira, 26 de julho de 2013

Nem tudo no mundo acontece de acordo com a nossa vontade.


O mundo não gira em nosso entorno! Essa é a descoberta fundamental para o amadurecimento do homem em sua formação. Já na infância, e principalmente na pré-adolescência, nossos filhos têm que aprender que eles não são o centro do mundo. Sei que sob ponto de vista emocional, às vezes não é tão simples tomar consciência disso, mas é fundamental, no processo de sua formação, a criança entender que, embora tenha uma personalidade, uma história, sonhos e desejos, ela vive em sociedade, que possui instituições, regras, e que o relacionamento humano e as trocas exigem de cada um adaptação para que possa viver bem e com tranquilidade.
Se não somos o centro do mundo e nem sempre as coisas acontecem de acordo com a nossa vontade, o que nos resta é compreender o mundo em que vivemos. A criança e o pré-adolescente têm que aprender que, se “forçarmos a barra”, a situação pode piorar para o nosso lado. Claro que isso gera em todos uma frustração, mas, como lidar com essa frustração? Certamente dependerá de equilíbrio. Difícil, né? Eu sei! Estou há trinta anos na educação, tenho  três filhos em formação e ainda pessoalmente tenho que lidar com as minhas frustrações também. O nosso lado narcísico tende a nos levar a querer que tudo gire em nosso entorno e em nosso favor. Mas... não é assim mesmo e, por isso, temos que encontrar o equilíbrio. Fundamental aqui, é que tenhamos esse equilíbrio para ajudarmos os nossos filhos e alunos a se equilibrarem. O que eles esperam de nós é isso.  O que a sociedade exige da família e da Escola é isto: dar, aos nossos garotos e garotas, o equilíbrio essencial para que eles possam encontrar o amadurecimento emocional para crescer. Escola não é só o ensino de conteúdos, mas educação para a vida.
Outro dia, em casa, eu olhava para meus filhos que ainda são crianças e lembrei-me de meu compromisso como pai. Eles precisam muito de mim, da mãe e da família. Querem tudo e acham que tudo está em sua volta para assisti-los. Imaturidade natural da faixa etária. Coisa de filhos, de crianças. Contudo, esperar o tempo deles sem orientá-los não funciona. Achar que um dia crescerão e tudo passará não está correto. Sem a nossa intervenção, no caso, família e escola, eles crescerão sim, mas sem o norte, sem o amadurecimento necessário para que enfrentem as dificuldades da vida. Por isso, convido todos a uma reflexão: vamos ensinar às nossas crianças que existe um mundo além do mundo de suas vontades? Se fizermos isso, estamos ensinando-lhes a lidar com regras, autoridades, ética, compromisso e solidariedade. O que é o mundo se não tudo isso?
Pelo menos, esses valores é o que certamente queremos para os nossos filhos. Pois bem, sejamos vigilantes neste propósito: Escola e família se completando. A família fazendo o seu papel, e a Escola, o seu. O resultado desse esforço são jovens felizes e comprometidos, organizados e solidários. Seres humanos prontos para um mundo melhor que tanto desejamos e pelo qual tanto sonhamos. 

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