segunda-feira, 25 de agosto de 2014

O temperamento dos adultos e a relação entre o sucesso e o fracasso na vida das crianças


A maneira como os adultos se expressam na lida com a criança revela os sentimentos que eles têm para com ela. Segundo o psicólogo educacional Haim Ginott, as palavras dos adultos têm muito poder. Para as crianças, os adultos sabem de tudo. Estão preparados para os desafios da vida e, por isso mesmo, são referência. A criança é capaz de fazer qualquer coisa que um adulto oriente e, com certeza, acreditar em tudo o que ele fala.
Dependendo do que o adulto disser a uma criança, sua autoestima será afetada. Nesse momento, estamos traçando o seu destino: vencedor ou perdedor? Por isso, ao nos dirigirmos às crianças, precisamos estar atentos a todo esse perigo. Nós, pais e educadores, somos os adultos que convivemos com as crianças e, por isso, dirijo-me a vocês: estamos realmente atentos à forma como nos dirigimos às nossas crianças? Estamos cientes da força de nossa palavra? Educar, corrigir e orientar não são sinônimos de reprimir, ofender e humilhar. Podemos ser firmes e educativos com afeto e segurança. Mostrar irritação não significa que tenhamos que ser deselegantes com os nossos filhos e alunos.


Para que nossas crianças e jovens se livrem da bagagem emocional negativa, precisamos rever o nosso temperamento, muitas vezes impulsivo. Precisamos refletir sobre as nossas ações e expressar ideias positivas e construtivas. Serão bem-vindas novas atitudes e principalmente mudança de comportamento mental com as nossas crianças. É preciso que estejamos abertos ao diálogo, considerando que todos nós somos seres humanos sujeitos a erros e acertos e que também somos produto de relações que nem sempre foram bem resolvidas. Muitas vezes as nossas frustrações e decepções afloram em um momento de raiva e esquecemos que na outra ponta há uma criança desprotegida, indefesa e que, por isso mesmo, necessita de nossa compreensão.
Temos que pensar diferente. É preciso que nós assumamos a responsabilidade e o compromisso de fazer melhor. Como bem disse Tania D. Queiroz em sua obra Educar é uma lição de amor, “Não passe a mão na cabeça de seus filhos, mas tampouco brigue ou discuta antes de verificar a verdade dos fatos com imparcialidade... não podemos mudar o mundo, mas podemos mudar o que acontece no nosso mundo, na escola e em nosso lar”. Lendo esse livro, fui convidado a uma bela reflexão sobre o quanto nós, adultos, influenciamos positivamente e negativamente as nossas crianças. Aprendi que muito do que falamos a eles irá ser a formatação da personalidade deles. Aí me vi como filho e como pai. Lembrei-me de meu pai e percebi o quanto tenho dele impresso em mim.
Já pensou nisso? Pense, reflita e imprima maravilhas na vida de seus filhos.


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