terça-feira, 26 de abril de 2011

Como conquistar a confiança de nossos filhos?


O afeto, o carinho é, uma boa base para se estabelecer uma relação de confiança e amizade com os filhos. Mas é claro, só isso não basta. É um bom começo, mas não é tudo. A sinceridade e a confidência dos filhos com os pais, certamente pavimenta uma boa relação de confiança e amizade. A sinceridade é uma virtude que deve ser vivida ao extremo. Não podemos poupar de sinceridade o relacionamento em família. Os filhos devem ter a segurança de que não há assunto que não se possa ser discutido na presença deles. Não os leve a desconfiar, pois desconfiança é o contrário de confiança. Se eles não sentem confiança, então eles se afastam, buscam outros a quem podem confiar e discutir problemas. É ai que certamente mora o problema.
A confiança exige de nós, mais do que cumplicidade. Exige que permitamos aos nossos filhos o direito de errar. É verdade! Eles estarão mais seguros se sabem que podem errar. Serão corrigidos, orientados, mas nunca humilhados por terem errado. Os erros abrem as janelas para os acertos, quando servem aos propósitos pedagógicos e educativos. Não é corretor pretender que os filhos sejam perfeitos. Isso não existe! Não somos perfeitos quando adultos, imagine então quando crianças? É assim mesmo. Repreenda o erro, mas sem transformar esse momento em um julgamento de valores e imposição do “seu eu”, sobre o “eu da criança”. Corrija e pronto, a criança entenderá.
Na adolescência, é importantíssimo basear o relacionamento com os filhos na confiança e na confidência. Nada de se revelar um espião, ir atrás de informações com os amigos de seus filhos e não “armar” para ele. Deve-se respeitar a privacidade dos filhos e, por isso mesmo, não devemos expor aos amigos e familiares os insucessos na escola, as frustrações no namoro e tudo o mais que irá colocá-lo em situação difícil. Os adolescentes não aceitam a exposição. Lembramos que os jovens são sensíveis aos conceitos de justiça e esperar que em sua casa reine a ética e o bom-senso.
Não podemos conhecer os nossos filhos se não convivemos com eles. É preciso a “convivência de qualidade”. Passar o tempo todo, o dia inteiro irritado com a criança, não o torna sensível às suas angústias. Melhor é se dedicar menos (se for o caso) e com muita qualidade. Qualquer relacionamento exige qualidade na entrega. A nossa dinâmica familiar tem que estar organizada para que possa dedicar-se ao bom convívio do lar. Não leve trabalho para casa e se isso for inevitável, parta para o “sacrifício” de se dedicar primeiro às crianças e só depois ao trabalho. Sei como é... será feito mesmo! Lembre-se a casa não é um hotel, mas um lar, onde mora uma família. É um lugar de boa convivência. Tem que ser! É um ambiente onde todos tem que relaxar e sentir-se acomodado. Por isso mesmo, deixe as crianças brincarem na sala, derramarem a caixa de brinquedos e sentir a sua presença. Dê importância a esse momento. Depois, peço-o para ajudá-lo(a) na arrumação. Eles irão entender e muito bem.
O conviver (viver com alguém), implica uma ativa participação no convívio familiar e até mesmo em passeios e pequenas viagens. Brinque com seu filho(a), proponha o diálogo, toque-o com carinho, elogie os acertos e não supervalorize os erros. Observe os seus gostos, descubra o que irrita-o e seja carinhoso no trato com ele. Incentive-o nos desafios da vida e principalmente observe-o(a) nas brincadeiras. Crianças felizes querem brincar. Um velho amigo deputado me disse um dia: “brincando as crianças se revelam.” É isso mesmo. Aproveite nos passeios e olhe sempre para a sua criança com a certeza de que procura nela algo que é seu. Vai encontrar.
Com a experiência que venho acumulando em educação, tenho me convencido de que o orientar o educar bem os nossos filhos não significa de maneira nenhuma que seja necessário um diploma. O que necessitamos é de:
  • comportamento realista, compreendendo as capacidades concretas dos nossos filhos; 
  • motivar as crianças, apoiando no que eles tem de melhor. Valorizando suas habilidades e talentos; 
  • nos superamos sempre, principalmente em nossas emoções.

 
            Tenho certeza de que estamos juntos nessa caminhada de procura eterna da compreensão de nossos filhos e de melhor fazer para que sejam felizes e maduros. Eu sei... Eu tenho os meus filhos e na busca constante de conquistá-los e compreendê-los.

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