O mais importante para nós educadores, é acreditarmos realmente no potencial de aprendizagem de nossos educandos. Mais do que isso, o importante é estimular no aprendiz, o desejo de aprender, dando a ele a dimensão real da importância do aprendizado para vida.
A tarefa de educar torna visíveis os nossos valores, desnunando a nossa história de vida. Todos os dias, diante da classe, deixamos transparente as nossas emoções e postura diante as coisas do mundo. Por isso, a necessidade constante de buscarmos o equilíbrio nas diversas situações pedagógicas e principalmente nas posições de idéias e valores. Devemos nos colocar de forma a apresentarmos como pessoas facilitadoras e não complicadoras. Devemos apresentarmos como uma visão construtiva, de tal forma que ganhemos credibilidade junto aos nossos alunos.
O educador, no exercício de seu magistério deve nutrir o educando de uma visão confiante das coisas da vida. Não se pode confundir “visão crítica” com “pessimismo estrutural”. Esse substrato pessimista leva o jovem aprendiz a adotar uma visão derrotada da vida e serve como desestímulo ao desejo de aprender.
O educador é um ser humano com suas limitações, mas é um testemunho vivo de que podemos evoluir sempre. É um orientador, um indicador de possibilidades, onde ele se coloca como exemplo para os seus alunos. É alguém que se apresenta como intelectual que tem a compreensão do mundo.
Como agente transformador da sociedade, o educador é testemunha viva da capacidade que o homem possui de se organizar, disciplinar e concernistar. Claro que enquanto ser humano, o educador traz consigo a “dialética da felicidade”. Há dias que as contradições do cotidiano reserva para ele a decepção, o cansaço e o desanimo. Mas, como síntese desse processo dialético, temos o homem capaz de superar. Retoma o rumo revigorado, estimulado por novos desafios, passando aos alunos a certeza inconsciente de que somos capazes de nos reinventarmos o tempo todo. O inesquecível Paulo Freire deixou para nós a mensagem de reconstrução (“continuo buscando, re-procurando. Ensino porque busco, porque indaguei, porque indago e me indago. Pesquiso para conhecer o que ainda não conheço e comunicar e anunciar a novidade”), da busca pelo “re-encontro” após o poema.
O educador tem que estar atento às armadilhas da rotina. Ela corrói uma parte do sonho e pode levar à tentação da acomodação. Necessitamos de estar atentos ao perigo de nos deixar acomodar. A tentação é grande. Muitas vezes sentimos vontade de parar, de querer fazer outra escolha e mudar. Mas é necessário acreditar em nosso “feeling” como educadores. É preciso que nos eduquemos na certeza que os rostos que estão a nossa frente necessitam e muito de um trabalho habilidoso e competente.
O educador que buscar a fórmula do professor de sucesso. Esse é o profissional que estabelece vínculos e mostra um genuíno interesse pelo aluno. Ele é capaz de motivar o aluno de forma constante e competente. É simpático e possui a força e o magnetismo capaz de gerar sinergia natural. É o que procura ter com a classe uma grande sintonia interpessoal. O professor de sucesso é aquele se prepara para dar o que tem de melhor, fazendo de suas aulas um momento encantador e fascinante. Ele consegue levar aos alunos o desejo de aprender. O sucesso pedagógico, depende também da capacidade do professor expressar os seus conhecimentos de forma coerente, mostrando aos alunos a importância do que está sendo ensinado. O educador que une então a simpatia, a competência e a ética, certamente provoca na classe que leciona um impacto muito positivo.
Ensinar, sempre será difícil devido ao abismo natural que existe entre os jovens e os adultos. Por outro lado, essa distância nos torna interessante, pois somos diferentes. Devemos aproveitar bem essa diferença que reside principalmente no fato de termos mais experiência e vivências que servem como ferramentas necessárias ao cotidiano daqueles que ainda não percorreram a mesma caminhada. Assim, o educador não precisa ser perfeito, mas apenas alguém que se apresenta na forma mais próxima de seus alunos. Aquele que é acolhedor, e principalmente capaz de estimular as melhores qualidades de seus alunos.
Bibliografia:
1. A Educação que desejamos: nossos desafios e como chegar lá.
2. http://novaescola.abril.uol.com.br
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