sexta-feira, 29 de abril de 2011

Minha criança de 8 e 9 anos de idade: quase um adulto...


                Nossas crianças chegaram aos 9 anos ou quase isso. Digo nossa criança, pois eu tenho um garoto de 8 para nove anos e que está no 3º ano do Ensino Fundamental. Por uma questão quase natural, principalmente depois que ele completou 8 anos, a aproximação comigo foi maior. Quando viemos para Maceió, mais próximo ainda ficamos, o que tem me dado muita alegria e também oportunizado a mim uma maior leitura de suas linguagens e manifestações. Como sou um amante de Piaget e um pedagogo por opção, passei a observar mais e mais esta fase do desenvolvimento humano e quero dividir com vocês um pouco da característica comuns a todos eles, meninos e meninas. Leiam, observem seus filhos e saibam que nós, pais e educadores, somos os únicos responsáveis pela felicidade de nossas crianças. Cada um em seu papel, porém todos de olho no bem estar da meninada.
        À Escola cabe a educação formal, o ensino e a aprendizagem, a disciplina e o desenvolvimento das habilidades e competência da criança. Às famílias, em harmonia com a Escola e nunca em oposição a ela, cabe acolher afetuosamente seus filhos, dando suporte moral e religioso, exigindo deles o cumprimento das obrigações e disciplinando-os de acordo com os valores da sociedade e princípios de cada lar. Veja, então, que somos parceiros na tarefa de educar as nossas crianças. Por isso mesmo, estamos sempre abertos a dividir com todos as nossas experiências e afirmar sempre o nosso compromisso de buscar sempre o melhor em educação.
         Meninos e meninas, nessa fase, são mesmo muito engraçados. Eles possuem um grande afã para crescer e começam a manifestar interesse pela anatomia de seu corpo. A personalidade é mais expressiva e os gestos são próprios. Estão ganhando personalidade própria. Adoram dramatização dos pequenos problemas. Têm uma influência muito grande sobre a família e são muito sensíveis a qualquer desacordo na família. Se têm mais irmãos... Meu Deus! Que luta! Os meninos são “bangunceiros”, não aceitam o hábito de higiene com tranquilidade, obrigando-nos a constante supervisão, embora queiram e precisem autonomia. Estão “se achando” não é mesmo? Parecem rapazinhos (deixa eles...)!
         Quando chegar aos 9 anos, e essas características podem estar precocemente nos de 8 anos, as coisas melhoram um pouco. Diminuem a aspereza e adotam um comportamento mais responsável. Passam a ter inúmeros interesses (muitos até fora do estudo). O mundo imaginário dá lugar ao mundo real. É a idade do tesouro, das coleções, das descobertas. Passam a ter um apurado senso de justiça e necessitam de muita ajuda em suas relações interpessoais.
         Veja que maravilha! Elas são assim e aproveitemos isso, pois irão crescer, virarão “aborrecentes” e aí complica um pouco (naturalmente...). É importante aceitar a criança tal como ela é, em cada momento de seu desenvolvimento. Mantenha com os filhos um clima de confiança. Eles precisam sentir segurança. Saibam que, embora crescidos, eles necessitam de orientação e supervisão. Saibam que, a mãe ainda tem um papel muito importante. Motivem e incentivem. Valorizem as conquistas de seus filhos, corrijam os erros e mostrem a eles o que é certo. Na vida escolar de nossa criança, convém estimular o interesse pelo que aprendeu, e pelos eventos da Escola. Saibam que a Escola é um espaço muito importante na vida deles. Por isso, estamos aqui, confiantes em nossa missão e em nossa visão.
          Educar é isso, um pouco de estratégia e técnica, muito de amor e um montão de compreensão.

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