quarta-feira, 14 de setembro de 2011

Como devemos conviver com as mídias

O tempo de nossos avós não existe mais e na verdade já penso que o tempo em que fui criança também não existe mais. Tudo está mesmo mudado e esforço-me para acompanhar as novidades tecnológicas e as mídias modernas. Acompanhar também a linguagem das crianças e jovens e, principalmente buscar entender como eles enxergam o mundo. É mais ou menos o que tento fazer: tentar enxergar o mundo vendo através das mesmas lentes que as crianças e jovens estão enxergando. Assim, como educador, me aproximo mais deles.
Parece até brincadeira mais a coisa está rápida de mais: DVD player, GPS, celular, internet rápida, tablet, net book, E-book, PSP e DS... Meu Deus! Nas duas últimas décadas o mundo conheceu mais desenvolvimento tecnológico e cientifico do que séculos inteiros já passados. Imagine como será a vida de nossas crianças daqui a 30 anos! Certamente o mundo para os nascidos após os anos de 1990 será ainda mais moderno e diferente. É exatamente nesse “povo” que foco as minhas preocupações como educador. Será que toda essa tecnologia, toda essa modernidade exige de nós mais atenção e cuidados? Certamente! E exigem sim mais cuidados com as nossas crianças. Temos que estar atentos à forma como elas estão utilizando dessa tecnologia disponível.
Assistir a TV, brincar com jogos eletrônicos e utilizar o computador não traz nenhum comprometimento a criança. O que não se pode, é sermos permissivos com o que estão vendo ou fazendo. Sinceramente, novela das 21h não é adequada para crianças, jogos de azar e jogos de violência também não. Sites sensuais muito menos. Isso sim é a que temos que estar atentos. As mídias começam a se tornar um problema quando crianças e adolescentes ficam expostos há muitas horas, sem a supervisão dos responsáveis. Há crianças que passam mais tempo à frente da televisão e adolescentes a frente do computador do que o tempo que efetivamente passam na escola. Isso não pode! É danoso para eles.
Outro perigo que as crianças expostas na mídia correm é referente às redes sociais. Já tratamos disso, mas vale à pena reforçar: cuidado redobrado. Há o perigo de pedofilia e sequestro sim! É preciso termos consciência. Entre com o filho e observe onde navegam e com quem estão se relacionando. Não se trata de invasão de privacidade, mas sim de proteção de seu filho. As crianças e adolescentes podem ser atraídos por engano a se relacionar com pessoas perigosas.

O que fazer, então, nesse mundo cibernético e midiático? Deixar de ter o computador e os jogos ajudam as crianças? Claro que não, seriamos uns trogloditas. O que se faz necessário é os filhos saberem do perigo que existe, terem confiança em você para o diálogo e, mesmo assim, existir a sua supervisão constante. Cabe ressaltar aqui que até os 3 anos de idade a criança não deve estar exposta a nenhuma mídia. Refiro-me aqui a programas de TV. Na televisão fechada temos boas opções, mas para crianças após 5 anos de idade. Bem, sei que não é tão simples, mas é importante que as crianças brinquem de forma sadia, para desenvolver as suas habilidades. A interação social, o brincar é saudável e nos ajuda a oportunizar às nossas crianças capacidade de relacionamento e aprendizagem das regras sociais. Também sabemos que crianças que brincam mais alimentam-se melhor e dormem mais tranquilas. Deixe-as correr, pular e brincar com outras crianças de sua mesma faixa etária. Elas querem mesmo é ser criança.

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