quinta-feira, 18 de outubro de 2012

Temperamento não é destino!



Isso, não é destino mesmo. Mas e quanto aquelas pessoas consideradas difíceis e apontadas como herdeiras genéticas de um temperamento forte? Elas têm jeito? E a tímida, reservada ao extremo e que sempre foi assim, o que fazer? Bem, em certa medida, cada um de nós tem uma gama emocional que trazemos desde a nossa infância. O temperamento é parte da “loteria genética” que recebemos como prêmio. Tem força compulsória, mas, claro, podemos educá-lo.

O ser humano é assim: composição genética, mas também uma forte ação comportamental que, é claro, tem a ver com educação no sentido mais lato do significado de educar. Saber domar os impulsos é competência adquirida com educação. Portanto, temos que ajudar os nossos filhos e se educarem para que possam viver melhor e conviver com todos.

Bem, mas vamos voltar à reflexão original... A nossa biologia fixa o nosso destino, ou pode mesmo uma criança tímida tornar-se um adulto comunicativo? A resposta mais clara a essa pergunta é que SIM, mesmo que haja um determinismo a um certo padrão de atividade cerebral. Sabemos que há crianças e pessoas adultas tímidas, ousadas, otimistas e melancólicas. Contudo, esse padrão pode ser trabalhado de forma a moldar as pessoas no sentido de que os impulsos sejam melhor trabalhados, principalmente nos tímidos, cuja “reserva” pode dificultar a vida da criança na escola e, depois de jovem, a vida em todo o seu sentido. Assim, temos que ensinar os nossos filhos a lidar com as emoções. É preciso oportunizar às crianças e mesmo aos adultos, principalmente aqueles que habitam o mesmo lar, saber lidar com a sua inteligência emocional. Ela não é genética e é quem agirá em nós para “polir” os efeitos genéticos de nosso caráter. Se não podemos alterar a genética, com certeza podemos conhecê-la e suavizar os impactos de seu determinismo em nossa vida, principalmente quando a questão é o emocional, o temperamento, o gênio, como a gente costuma dizer.

O controle é o segredo. É preciso termos o controle emocional, o que certamente não está ainda bem desenvolvido em crianças e também em alguns adultos, ou em muitos... A inteligência emocional não é genética, podemos adquiri-las, e com isso, mudar completamente o nosso temperamento. Assim, os padrões emocionais estabelecidos podem ser mudados, porque temperamento não é destino. Todas as emoções surgem através dos pensamentos. Se souber conduzi-los, poderemos direcionar as nossas emoções. E “são tantas as emoções...”!

Crianças emocionalmente inteligentes são mais seguras para encontrar soluções para os problemas que a vida traz no cotidiano. Além disso, esse controle ajuda a criança a ser menos agressiva, mais sociável, permite que ela tenha uma vida mais tranquila e com menos conflitos. Para ajudar seu filho(a) a desenvolver a inteligência emocional adote estes comportamentos:
  • reconheça as emoções de seu filho sem repreendê-las, desrespeitá-las ou ignorá-las. Você que ensiná-lo a reconhecer as suas emoções;
  • diante a recusa de executar as suas tarefas escolares, ensine-o que precisa aceitar de forma natural o desafio e a disciplina “para o fazer”;
  • ajude a criança a verbalizar as emoções;
  • imponha limites e eduque para o bom convívio social.
Para você conhecer mais sobre o assunto, eu sugiro os livros:
  • Inteligência emocional – Daniel Goleman – Ed. Objetiva;
  • Inteligência emocional e a arte de educar nossos filhos – John Gottman. Ed. Objetiva.

2 comentários:

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