terça-feira, 24 de setembro de 2013

“O desenho fala do sujeito, da sua subjetividade, da sua posição frente ao mundo”.


Família:

̶            A figura da mãe (maior proporção) indica que o Guilherme atribui a ela um papel de maior importância na família.
̶            Na figura da mãe e da babá temos a construção do corpo com partes omissas (Braços e Mãos). No pai, a omissão das mãos, o que acontece também com os avós, pode revelar censura à parte omitida (relação com tratamentos -> Carinho, censura, “castigo”).

Braços e mãos são elementos que se relacionam ao desenvolvimento do eu e à sua adaptação social, ou inter-relação com o ambiente. A ausência desses membros é um alerta a respeito do relacionamento entre o desenhista e a pessoa desenhada. A ausência dos pés indicam a possibilidade de insegurança da criança com o meio em que vive. Trata-se da omissão do sujeito. Não sente que participa realmente da família. Se sente rejeitado ou rejeita. Nos personagens do desenho, a utilização de “figuras palitos” ou representações abstratas são indicadores de “invasão”, insegurança.
Interessante e desafiador seria o fato do Guilherme não se colocar no desenho da família.

Casa:

Pode-se dizer que a casa desenhada assume, na maioria das vezes, duas significações:
Constitui um autorretrato, expressando as fantasias, o ego, a realidade e expressa a percepção da situação no lar-residência. Guilherme se negou a desenhar a casa. Colocou apenas o número 5.

O uso da cor

O uso da cor refere-se à vida emocional e afetiva (empatia, tensão, conflito, harmonia) do sujeito. Sujeitos psicologicamente mais equilibrados atiram-se com profundidade no emprego das cores. O uso da cor vermelha denota impulsividade e da azul racionalidade.


Fonte: análise do desenho numa perspectiva psicopedagógica.
Anabel Guillén

Psicóloga, psicopedagoga e psicanalista.

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