Família:
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A
figura da mãe (maior proporção) indica que o Guilherme atribui a ela um papel
de maior importância na família.
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Na
figura da mãe e da babá temos a construção do corpo com partes omissas (Braços
e Mãos). No pai, a omissão das mãos, o que acontece também com os avós, pode
revelar censura à parte omitida (relação com tratamentos -> Carinho,
censura, “castigo”).
Braços e mãos são elementos que se relacionam
ao desenvolvimento do eu e à sua adaptação social, ou inter-relação com o
ambiente. A ausência desses membros é um alerta a respeito do relacionamento
entre o desenhista e a pessoa desenhada. A ausência dos pés indicam a
possibilidade de insegurança da criança com o meio em que vive. Trata-se da
omissão do sujeito. Não sente que participa realmente da família. Se sente
rejeitado ou rejeita. Nos personagens do desenho, a utilização de “figuras palitos”
ou representações abstratas são indicadores de “invasão”, insegurança.
Interessante e desafiador seria o fato do
Guilherme não se colocar no desenho da família.
Casa:
Pode-se dizer que a casa desenhada assume,
na maioria das vezes, duas significações:
Constitui um autorretrato, expressando as
fantasias, o ego, a realidade e expressa a percepção da situação no
lar-residência. Guilherme se negou a desenhar a casa. Colocou apenas o número
5.
O uso da cor
O uso da cor refere-se à vida emocional e
afetiva (empatia, tensão, conflito, harmonia) do sujeito. Sujeitos
psicologicamente mais equilibrados atiram-se com profundidade no emprego das
cores. O uso da cor vermelha denota impulsividade e da azul racionalidade.
Fonte:
análise do desenho numa perspectiva psicopedagógica.
Anabel Guillén
Psicóloga, psicopedagoga e
psicanalista.
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