segunda-feira, 23 de março de 2015

A hiperatividade: TDAH, é o que temos.



A pauta de hoje nas escolas em todo o mundo é o transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade, diagnóstico conhecido em crianças que apresentam um estado de extrema excitação que se manifesta através de um comportamento inquieto. As crianças que sofrem dessa síndrome apresentam sintomas bem característicos: demonstram dificuldade de concentração no que estão fazendo (brincadeiras, refeições, tarefas escolares etc.); espalham brinquedos por toda a casa; esbarram e pisam em objetos; derrubam coisas; interrompem a conversa dos outros; metem-se em confusão constantemente e até mesmo apresentam agressividade. Estão sempre irritando-se facilmente e também irritando os outros. Na escola, ficam frequentemente em evidência e, se não estão devidamente diagnosticados, são considerados como bagunceiros e indisciplinados.
O TDAH é um transtorno neurológico, de causas genéticas, que aparece na infância e frequentemente acompanha o indivíduo por toda a sua vida. Ele se caracteriza por sintomas de desatenção, inquietude e impulsividade. Ele é reconhecido oficialmente pela Organização Mundial da Saúde (OMS). No Brasil, não é caso de inclusão e seus portadores não são protegidos pela legislação. No Estados Unidos, os portadores de TDAH são protegidos por lei e as crianças recebem tratamento especial na escola.
Geralmente, o TDAH na infância se associa a dificuldades na escola e no relacionamento com demais crianças, pais e professores. As crianças são tidas como “avoadas” e “vivendo no mundo da lua”. Na fase adulta, manifesta-se a desatenção para as coisas do trabalho, inquietação, impulsividade, tornando esses adultos pessoas com dificuldade no exercício da profissão, no relacionamento amoroso, no trânsito e na rotina familiar. A tendência natural em crianças e adultos portadores de TDAH é isolamento social, angústia e um eterno cansaço. A comunicação com um hiperativo é difícil, pois ele parece não prestar atenção, o que gera um ambiente tenso e ansioso em seu convívio social. Por não entenderem o que de fato se passa, é comum julgarem os portadores como pessoas com desvio de caráter. Vejam que isso é sério e necessita de tratamento.
O que fazer? Primeiramente consultar um especialista. Os psiquiatras e psicólogos são os indicados para o diagnóstico. Educadores costumam identificar e orientar a família a buscar ajuda. As crianças diagnosticadas iniciarão o tratamento com o suporte de uma equipe multidisciplinar e também dos educadores. A escola deve ter acesso ao laudo médico para ajustar a rotina do aluno ao projeto pedagógico, bem como observar e ter ações precisas, pois afinal as crianças portadoras de TDAH necessitam de atenção, mas também de limites que ajudem a organizar o mundo externo. Os pais verão aos poucos que o limite ajuda e muito a criança a se organizar e viver melhor no seu grupo social. Também, é claro, os educadores estarão com prontidão para evitar distrações e ajudar as crianças em seu processo de aprendizagem.
Agora veja uma coisa importante... se a sua criança está apresentando esses sintomas, não se aflija. Procure o Serviço de Orientação Educacional da Escola (SOE). As Psicopedagogas são especialistas em “ter um olhar” especial para essas crianças. Não esconda da escola nada, somos parceiros. Por isso, confie! Siga as nossas orientações, caminhe em parceria conosco e certamente atingiremos o sucesso. Os profissionais de saúde estarão prontos a ajudar e todos juntos resolveremos os problemas e encontraremos o equilíbrio. Sabe, a nossa missão é também a de dar suporte aos nossos alunos portadores (ou não!) de qualquer necessidade para que cresçam felizes e seguros para a vida.

A Associação Brasileira do Défict de Atenção (ABDA) tem um ótimo site para ajudá-los nessa descoberta e convivência. www.tdah.org.br é um ótimo endereço para conhecermos mais sobre o assunto.


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