quarta-feira, 17 de agosto de 2011

O educador do século XXI: um novo olhar sobre os métodos e a didática


O mundo atual confronta os educadores com dois grandes desafios: reinventar a escola como agente material da ação de educar e reinventar a si mesmo como profissional e como educador. Estamos vivendo hoje um contexto totalmente novo, onde o ensinar tem sido analisado e as formas da avaliar o que se ensina tem também passado por profundas mudanças. Vimos isso mais recentemente, com o anúncio do MEC/INEP, no que se refere ao novo modelo de ENEM e de acesso às universidades federais.
O que significa todas essas mudanças paradigmáticas para o educador do século XXI? Certamente significa que eles terão que reinventar a forma como ensinam e avaliam os alunos, ao mesmo tempo em que estão sendo chamados à reinvenção como profissionais, colegas e também na relação com as instituições as quais estão ligadas. Novos tempos são esses! Tempos de grandes mudanças.
O educador do século XXI; o professor do novo tempo terá que por em sinergia as suas habilidades e competências, quesitos que terão que dominar como ferramentas pedagógicas do “novo ensinar”. Para ter êxito nessa difícil operação, o “professor–aulista”, terá que ceder lugar ao “professor–educador"! Esses, certamente, mais bem preparados, para agirem como atores capazes de mobilizarem mais e mais competências. Sabemos que o professor do novo tempo terá então que ser capaz de dar respostas rápidas as atuais modalidades que surgem e pelas quais os sistemas educacionais estão se reorganizando. Cabe salientar aqui que as mudanças que surgem não irão permitir que os professores façam uma “colagem” de práticas pedagógicas antigas em propostas totalmente novas. Ficando então, a necessidade gritante da reelaboração do profissional de educação, seus métodos e seus propósitos.
Desde o início da década de 90, muito se tem falado sobre a necessidade de mudanças na educação brasileira, em seus sistemas educacionais e em suas propostas pedagógicas. Muito se falou na falência do “modelo aulista” de nossos educadores e na forma tradicional e injusta de acesso ao ensino superior. Muito se falou na incapacidade do nosso modelo educacional em formar de fato para a vida. Certamente chegou o tempo de mudar. O profº Reynaldo Fernandes, presidente do INEP, na palestra proferida à educadores do Sistema COC, foi enfático: “a mudança chegou”. Por isso mesmo, a escola terá que mudar e o professor também. Esse último,, muito mais do que a escola, terá que implementar esforços, explorando novas vias pedagógicas, avaliando de forma diferente e verificando a pertinência e a coerência das abordagens escolhidas. Terão que desenvolver permanentemente novos saberes, principalmente os saberes de inovação.
Os educadores terão que mudar! Os paradigmas são outros e outros terão que ser os olhares lançados sobre o trabalho de cada profissional e a capacidade dele, com o seu próprio desenvolvimento adaptar-se na prática aos apelos da nova ordem educacional que surgem dos debates dos “técnicos do INEP”. A responsabilidade individual está dando lugar à responsabilidade coletiva e todos se vêem diante da obrigação de prestar conta de sua ação a seus colegas e a toda comunidade escolar. Isso, porque a escola agora está na mira de uma poderosa avaliação externa que certamente definirá o mercado da educação privada. A cooperação ganha aqui o verdadeiro sentido de equipe e com certeza na avaliação lá no final da educação básica, estará avaliando também o potencial de toda equipe pedagógica. Assim sendo, resta ao “professor–educador" uma reflexão profunda no sentido de interiorizar a ideia de que é possível fazer diferente. Tem que ser assim, pois são os professores que colocam em prática, junto com seus alunos e por suas maneiras de gerir o processo ensino–aprendizagem, as novas ideias obtidas da procura de novas práticas didático–pedagógicas.
O educador está sendo chamado a mudar, a inovar e a procurar a engajar-se de forma imediata a uma nova metodologia e a um novo olhar sobre os alunos. Para tanto, se faz necessário uma requalificação intensiva. Com certeza os sistemas educacionais se ocuparão disso, mas se faz necessário que o “novo professor”, busque atualização e principalmente que se reinvente como o maior responsável pelo processo educacional. O professor agora, muito mais do que antes, é aquele que irá conduzir a formação de pessoas.

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