O psicólogo norte-americano Daniel Goleman, Ph.D. pela universidade de Havard, autor do famoso livro intitulado de Inteligência Emocional, lançou um olhar diferente e revolucionário sobre o que é ser inteligente. Será que o ser inteligente é aquele que sobrepõe a razão à emoção?
Trabalhando com o conceito de inteligências múltiplas (já falei sobre isso a vocês em mais outro ensaio!), Goleman tem enfatizado a importância das emoções para o bom desempenho profissional das pessoas e como um elemento fundamental para o sucesso em um bom relacionamento interpessoal e no grupo social de que a pessoa faz parte.
Em suas obras, ele nos ensina que é necessário, sim, nos preocuparmos com educação emocional de nossas crianças, entendendo que tal educação deve acontecer tanto no âmbito da família como no âmbito da escola. Precisamos ensinar as nossas crianças a controlar suas emoções para que consigam sucesso diante das várias situações-problemas que são postas a cada um de nós no mundo em que vivemos. É importante entendermos que o bom desenvolvimento só do Q.I (Quociente de Inteligência) não basta; é preciso, também, um bom domínio do Q.E (Quociente Emocional). É fundamental que as famílias e a escola estejam atentas a isso!
Para o cientista, o ser humano necessita muito mais do que um elevado Q.I para atingir sucesso na vida. É isso mesmo! Se a pessoa for muito inteligente e habilidosa com o conhecimento, mas destemperada emocionalmente, certamente encontrará dificuldades em se colocar como líder ou mesmo amigo, companheiro etc. É preciso saber controlar os impulsos e isso se aprende em casa e também na escola. Na escola, é o SOE (Serviço de Orientação Educacional), quem, através de profissionais devidamente qualificados, faz o trabalho junto aos alunos; em casa, certamente são os pais e os responsáveis que ajudam nessa educação.
Não há duvidas, hoje, de que nós podemos aprender a lidar com as emoções, assim como aprendemos a lidar com as exigências das disciplinas escolares. Crianças e adolescentes com o emocional desequilibrando certamente terão problemas na escola, quer seja no aproveitamento quer seja na relação interpessoal com colegas e com professores. Precisamos, então, estar atentos. Não cabe mais acharmos que o emocional está relacionado à questão de gênio ou mesmo de ter “puxado” um parente. Crianças e adolescentes terão que aprender a lidar com o seu emocional e, principalmente, a dominar a situação.
É preciso que nossas crianças aprendam a se controlar, a dominar os impulsos, desenvolvendo a sua “inteligência emocional”. Um dos aspectos fundamentais para que iniciemos uma educação emocional com as nossas crianças é elevarmos a sua autoestima, para que o seu “eu” possa dar a ela uma autoimagem positiva, permitida a partir da apreciação de pais e educadores.
E isso reforça meu discurso: a família tem que estar caminhando junto com os educadores. Vamos educar o emocional de nossas crianças dando-lhes condições de um autocontrole emocional. Estamos, com isso, dando a elas a oportunidade de crescer se preparando para a vida.
Referência: Goleman, Daniel. Inteligência Emocional – A teoria revolucionaria que redefine o que é ser inteligente. Ed. Objetiva. 10ª edição. 1996. RJ.
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