Nos dias atuais, o que mais vemos são os filhos
desejando independência. Os adolescentes, então, só falam em direitos e exigem
independência. Contudo o que se observa? Os filhos estão ficando mais tempo em
casa, prolongando a adolescência. Estão mais tempo vinculados e dependentes das
famílias. Eu acredito que as crianças e os jovens de hoje estão mais exigentes
em seus direitos na família e na escola, mas, ao mesmo tempo, muito dependentes
das famílias. Devemos considerar dois aspectos importantes: o mercado de
trabalho exigindo mais e mais preparo, prolongando os estudos e a dependência econômica
dos pais e também a “imaturidade tardia”, advinda da insegurança existente nas
cidades. Seus filhos já andaram de coletivo urbano? Os meus ainda não! Eles vão
sozinho para escola? Os meus não! Tá vendo... Quando eu era adolescente, andava
sozinho por todo canto.
Bem, um cuidado é necessário e não podemos
negligenciar. Socorridos sempre por nós, crianças e adolescentes não irão
desenvolver o senso criativo e, claro, a sua autonomia. Não podemos, então,
confundir preocupação com a segurança dos filhos, com adotar as tarefas que são
pertinentes a eles: fazer as lições diárias, escolher a roupa que irá vestir,
levar ou trazer objetos da escola e ter responsabilidade com a organização de
seu quarto, por exemplo. Essas são responsabilidades saudáveis e lhes proporcionarão
independência.
A conquista da autonomia é progressiva, necessária e
começa desde a infância. Saiba que a partir dos 12 anos, essa autonomia
torna-se necessidade psíquica do indivíduo. É necessário crescer! Nós temos que
deixar que isso aconteça e, para tanto, é preciso ajudar as crianças a
crescerem. Para isso, há pequenas estratégias como principalmente atribuir aos
filhos responsabilidades. Elas devem ser atribuídas de acordo com os desafios
de cada faixa etária. É certo oportunizar maturidade aos nossos filhos e, como
pais educadores, temos que encorajá-los, afinal não iremos gostar de ter um
adulto totalmente dependente do nosso lado.
Como é sempre bom poder contar com algumas dicas,
seguem sugestões que poderão ajudar:
- pouco a pouco, delegue tarefas domésticas: arrumar o próprio quarto, fazer a cama e colocar as roupas sujas na lavanderia, é um bom começo;
- deixe que seu filho(a) fique um pouco só. Saídas rápidas podem acontecer, enquanto seu garoto ou sua garota já crescidos fazem a tarefa diária;
- deixe que aprendam com os próprios erros. Ficar orientando o tempo todo não gera sensação da experiência;
- sempre fale com eles sobre o preço das coisas e o quanto custa adquirir.
Muito bem, sei que não é lá muito fácil essa tarefa.
Eu mesmo me acho muito protetor, mas é necessário dar aos filhos a
possibilidade de crescimento. Deixe-o ir à casa de amigos e conviver em
ambientes diferentes de sua casa. Acredite, serve como uma viagem, sendo um
belo aprendizado.
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