Todos nós somos inteligentes! Todos nós
pensamos, e o pensamento é produto do cérebro humano, que é dotado dessa enorme
capacidade inata. O que nos torna seres inteligentes é o pensar. Essa
capacidade é inerente aos humanos e é o que nos diferencia das demais espécies.
Nós temos um cérebro evoluído graças à energia do combustível que o alimenta e o
faz evoluir ainda mais: a inteligência.
A inteligência humana não significa apenas
uma representação de alguma atividade humana ou a capacidade de executá-la.
Aborda toda a estrutura corporal e cognitiva do ser humano. Está diretamente
relacionada à capacidade humana de aprendizagem e, consequentemente, à
educação, sem desprezarmos as demais e importantes experiências decorrentes da
vida em comunidade. Dessa forma, seremos mais inteligentes, quanto mais
aprendizagem tivermos, seja na educação ou no aprendizado informal do
dia-a-dia. Assim, pessoas mais expostas aos estímulos e ao conhecimento,
certamente mais e mais desenvolverão a sua inteligência.
Para Jean Piaget, a gênese do conhecimento
está no próprio sujeito, ou seja, o pensamento lógico não é inato ou tampouco
externo ao organismo, mas é fundamentalmente construído na interação
homem-objeto. Portanto, depende da ação do homem. Eu diria assim: nascendo com
todas as condições biológicas e estruturais perfeitas, a inteligência é inata.
Aproveitar as habilidades e desenvolver ainda mais a capacidade de aprender é
mecânico e depende da vontade humana. Aí é que a escola, o meio social e a
família são peças fundamentais. Disciplina no estudo, estímulo e motivação são
elementos que, se não definem a capacidade de inteligência do sujeito, pelo
menos garante uma enorme ajuda à busca pelo saber. Oportunizar ao indivíduo
contato com o mundo do conhecimento e incentivar a descoberta do novo são
também ingredientes fundamentais para despertar a inteligência.
Muito bem, mas o que me levou a esta breve
introdução sobre a inteligência humana? A tentativa de responder ao
questionamento inicial deste artigo que eu transformei em título: Professor, o meu filho é inteligente?
Será que ele é tão inteligente quanto o fulano? São perguntas comuns em nossos
atendimentos diários. Ora, eu diria que sim. Pode até ser que ele não seja tão
motivado, tão incentivado e disciplinado, mas inteligente ele é sim. Motivação
é disciplina! Guarde isso, pois é fundamental para que a inteligência aflore e
os resultados também.
Evocando novamente Piaget, vale ressaltar o
conceito de “sujeito epistêmico”. Para ele, esse “sujeito” expressa aspectos
presentes em todas as pessoas. Suas características conferem a todos nós a
possibilidade de construir conhecimento. Como explica a psicóloga Zélia Remozzi
– Chiarottino da USP – SP (Universidade de São Paulo), o “sujeito epistêmico”
de Piaget é o que permite o ser humano a desenvolver uma gama de operações
essenciais para a aquisição do saber: observar, classificar, organizar,
explicar, provar, abstrair, reconstruir, fazer conexões, antecipar e concluir. Está
vendo? Todos nós podemos ser inteligentes. Motivemos nossos filhos em casa e na
escola e teremos crianças inteligentes e felizes.
Fonte Bibliográfica
Piaget,
J. Seis estudos de Psicologia. Ed. Forense.
Revista Nova Escola-Edição
238. Dezembro de 2010.
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