Pais e educadores de todo o mundo já têm um
desejo: garantir que as crianças (filhos e alunos) se tornem adultos
habilidosos e competentes. Há muitos anos, pais e educadores acreditavam que o adulto
bem sucedido teria sido também uma criança de sucesso na infância. Para eles a correlação
era direta: crianças com bom desempenho na escola certamente seriam adultos de
sucesso. Será mesmo?
Nas últimas décadas, pesquisadores da
neurociência, pedagogos e psicólogos vêm discordando que notas altas e Q.I
elevado sejam indicadores de uma educação de qualidade e garantam que essa
criança tenha sucesso na vida adulta. E isso nos faz perguntar “como podemos
proporcionar uma educação de qualidade para as nossas crianças?”. O jornalista
Paul Tough, autor do livro Uma questão de
caráter, da Editora Rio de Janeiro, traz à luz um interessante indagação: Por que a curiosidade e a determinação podem
ser mais importantes que a inteligência para uma educação de sucesso? É
isso! O livro citado e traduzido para o português por Clóvis Marques tem
revolucionado e muito essa discussão.
Os especialistas mais conectados com o
mundo contemporâneo têm abraçado a ideia de que competências não cognitivas
como autoestima, autoconfiança, responsabilidade e perseverança têm colaborado
muito mais para o sucesso de uma pessoa adulta do que o quadro de competências
que as pessoas carregam. A escola, em sua missão de preparar para a vida, tem
que incorporar em seu currículo formal e disciplinar projetos que garantam ao
educando a aprendizagem de estratégias que irão também desenvolver as suas
habilidades emocionais. São as atividades diversas, muitas delas fora da sala
de aula, que se ocupam de capacitar a inteligência emocional de nossas
crianças. Infelizmente, algumas famílias mais conservadoras e ainda não
conhecedoras dos desafios que os adultos das próximas décadas enfrentarão ainda
acreditam que o papel da escola é só o de aplicar conhecimentos. O cognitivo é
importante, mas o emocional é fundamental. Adultos emocionalmente pouco
preparados não atingem o sucesso. E se o atingem, não conseguem lidar com ele.
Aí está o novo desafio da família e da escola: formar a criança tanto no seu
contexto cognitivo quanto no contexto emocional. No SEB, nós estamos trabalhando para isso.
Em 2013, uma pesquisa foi realizada na
fundação Ayrton Senna pelo Boston Conulting Group com mais de 3. 700
respondentes Professores e Diretores. Quase 70% dos depoimentos declararam que
as principais competências a serem desenvolvidas na escola são socialização,
autonomia, pensamento crítico e resolução dos problemas. Sabe por quê? Hoje,
aprende-se conteúdo mais fora da escola do que nela. Informação rápida e de
qualidade está à disposição de todos. Agora, as competências aqui relacionadas
contribuirão para que os trampolins sociais e as desigualdades possam ser
reduzidas e ultrapassadas com mais velocidade. Assim, o sucesso não parece depender
somente do conhecimento. É preciso mais ferramentas para que a pessoa atinja o
topo. Pense nisso, interiorize essa novidade e tenha certeza de que aqui na
Escola estamos atentos a este novo olhar: ensinar o conhecimento, mas fomentar
o desenvolvimento de uma inteligência emocional capaz de fazer com que as
nossas crianças amadureçam preparadas. Por isso, em nossa proposta pedagógica todas
as nossas atividades complementares e eventos são planejados com esse olhar.
Daniel Golenan, Psicólogo PHD por Havard e
autor da obra Inteligência Emocional (Editora Objetiva), ensina-nos
que o controle das emoções é fator essencial para o desenvolvimento da
inteligência emocional e para o sucesso na vida. Dessa forma, como dissertei
acima, não é só o raciocínio lógico e habilidades matemáticas que levarão as
crianças a se tornarem adultos felizes e de sucesso. Muito pelo contrário. Só o
conhecimento nada significa. Se não estamos preparados para perder, como iremos
nos preparar para vencer? Só quer vencer quem experimentar a decepção da
derrota. É preciso também desenvolvermos em nossas crianças a habilidade de
entender outras pessoas. Saber ler o outro é fundamental. Desenvolver nas
crianças a capacidade de negociação, solução de conflitos, liderança e
sensibilidade social é imprescindível! Tudo isso é ensinar para a vida real.
Portanto, que fique bem claro: pai e educador não podem focar só no
ensino-aprendizagem de conteúdos curriculares. Afinal, nossos filhos e nossos alunos
terão a vida inteira para aprender!
Pense nesse novo paradigma e saiba que educar é a arte de transformar crianças em pessoas felizes.
Pense nesse novo paradigma e saiba que educar é a arte de transformar crianças em pessoas felizes.
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