As palavras dos pais exercem um poder
extraordinário sobre a vida de seus filhos. É incrível, como mesmo hoje, depois de vários anos, ainda me lembro e muito das coisas que meus pais me
diziam quando eu era criança e adolescente. Lembro-me mesmo! Às vezes com
carinho, às vezes chateado. Na busca de me ensinar a vida, em muitos momentos exageraram
e, claro, isso ficou marcado em mim. Com você não é assim também?
A personalidade, o caráter e o
comportamento das crianças são influenciados pelo que elas ouvem quando se
relacionam com os pais, professores e colegas. Principalmente os pais, pela
força que possuem, exercem uma influência muito grande sobre o destino de seus
filhos. Influenciam no sentido de ajudar a formar uma mente equilibrada, ou
mesmo uma mente com traços de insegurança e baixa autoestima. O pai e a mãe
representam a sustentação emocional e suporte financeiro de seus filhos. Tem
que ser assim, e assim é. Não podemos
transferir essa tarefa a terceiros.
As palavras possuem um poder
milagroso e, por isso mesmo, necessitamos de nos policiar quando nos dirigirmos
aos nossos filhos. É de responsabilidade nossa, como pais, a educação de nossos
filhos e é nossa a responsabilidade de garantir a eles autoestima elevada e
condições de realizações plena de seus desejos quando estas vontades forem
compatíveis com a ética, o poder econômico e os princípios de cada família.
Vamos nos cuidar no sentido de nos prepararmos para exercer a nossa missão,
causando em nossos filhos um impacto positivo na vida de cada um.
No dia a dia da rotina familiar, é
muito comum soltarmos expressões que podem nos parecer normais e compreensíveis, mas que
no mundo da criança e do adolescente provocam um verdadeiro estrago. Um
clássico exemplo disso é quando falamos algo assim: “Seja como o seu irmão que
nunca causa problemas.” Cada ser humano é único. Ninguém é mesmo como o outro,
nem em casa. Conhecer as diferenças entre os filhos é normal e pode ser até
divertido, mas não é interessante as comparações indevidas que só servem para
“jogar” o indivíduo para baixo. Lembro-me de que minha irmã mais velha era a
referência de tudo o que era o máximo, mas isso não ajudou nem a mim nem a meus
irmãos. A comparação não semeia o desejo de sermos iguais, mas desperta o ciúme
e o sentimento de incapacidade nos demais irmãos. Pensem nisso...
Uma outra fala que devemos evitar é: “Você é irritante. Eu
não aguento mais”. Será que o filho que tanto amamos pode ser mesmo o objeto de
nossa ira? Será que não é outra situação, fora do domínio dos filhos, o que, de
fato, está nos incomodando? Precisamos ser pacientes com os nossos filhos! Mude
a maneira de dizer a seu filho que a forma como está agindo não tem sido legal
e que isso o está tornando uma pessoa difícil. Faça a criança perceber que
aquele comportamento não está adequado. Fácil? Não é não! Tolerância e
paciência são sinônimas de tranquilidade, por isso não se dirija ao filho
quando estiver com raiva. Não dará certo.
Se você quiser conhecer mais sobre o
assunto, sugiro o livro de Antônio Siqueira, “50 coisas que os pais nunca devem
dizer aos filhos”. Li o livro, fiquei encantado e por isso mesmo resolvi
compartilhar com vocês a ideia principal do autor, que muito me agradou.
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