“Nada é mais
importante do que a imaginação”. Foi
essa a frase que meu filho veio me mostrar escrita em seu iPhone, enquanto eu trabalhava neste artigo. Veja que beleza! É
exatamente isso que eu quero compartilhar com vocês neste momento.
Os nossos
filhos se expressam, pensam, fazem a leitura do mundo, no tempo deles. Não se
faz necessário impormos o nosso ritmo. Não se trata aqui de admitir o “vale
tudo” para as crianças. Nada disso mesmo! Como sabem, eu sou a favor da
disciplina, mas também não quero ser exagerado e reproduzir um modelo de
educação jurássico. Sejamos humanos com as crianças. Tenho aprendido muito isso
e interiorizado essa ideia.
Recentemente,
tive a imensa alegria de ler Pais e Filhos,
de Roberto Shinyashiki. O livro veio a calhar, pois precisava refletir um pouco
sobre como estamos educando as crianças lá em casa... E vi que entre os erros e
acertos, precisamos acertar mais. É isso. Às vezes, quando pensamos que estamos
acertando, estamos errando. Sabe o que descobri? Precisamos levar a vida com
mais leveza, aceitando as nossas limitações e as de nossos filhos. Ter a
generosidade de aceitar que erramos.
Também
aprendi que temos que deixar os nossos filhos serem crianças, pois se tiverem
uma infância feliz, serão adultos bem resolvidos e também felizes. Precisam,
então, ter liberdade para o exercício da imaginação. Logo na contracapa do
livro, editado pela editora Gente, Roberto Shinyashiki coloca algumas lindas
mensagens. A que mais me tocou, convidando-me à reflexão foi: “Que nossos
filhos exerçam somente a busca por iluminar suas próprias almas”. Hoje, eu
acredito plenamente nessa ideia. Não podemos desejar que nossos filhos sejam
felizes, planejando para eles a vida que achamos ser a ideal. O modelo de vida
bom para ele será o que aflorará de sua alma. Sabe por quê? Simplesmente porque
ele terá de você todo suporte emocional e apoio financeiro que puder dar para
se fazer e se realizar. Que maravilha! Portanto, faça de seus filhos
verdadeiros companheiros de viagem. Da viagem da vida, no nosso caminhar como
família e como pessoas.
Façamos
assim: capacitemos nossos filhos para a felicidade, que certamente na vida
adulta serão plenos e confiantes. Deixe-os livres para a imaginação e para os
sonhos. Como meu filho me ensinou, nada é mais importante do que a imaginação.
Ela liberta a infância que a criança guarda em si e é capaz, de uma maneira
extraordinária, de projetar a criança no mundo, colocando-a à frente de um
plano que é só seu. O que ela imagina é o que deseja, é o que projeta. Portanto
é o que dá a ela a substância da sua essência humana. Que lindo!
Para
finalizar este breve ensaio, deixando aqui alguns pensamentos como pai e
educador, compartilho a certeza que hoje tenho sobre o nosso papel. Acreditem
nestes recados:
· educar é
estimular nossas crianças a agirem por si mesmas. É ajudá-las a conquistar a
autonomia e a responsabilidade. É permitir-lhes imaginar e experimentar os desafios da vida;
· educar é
caminhar com seu filho, escutando e orientando-o. Ensiná-lo a viver sem medos.
É estar ao seu lado, corrigindo as distorções e aceitando a essência de cada
um.
Experimentem
essa deliciosa sensação de saber que nós, escola, educadores, estamos juntos e
que somos parceiros nesse momento lindo na vida de nossas crianças.
Referência Bibliográfica:
JUNQUEIRA FILHO, Gabriel de A.
Conversando, lendo e escrevendo com crianças na Educação Infantil. Porto
Alegre. UFRS.
Temas em Educação 11 – Livro das
Jornadas 2003.
Gráfica PubliCOC, 2003.
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