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quarta-feira, 4 de maio de 2011
segunda-feira, 2 de maio de 2011
Confiança e confidência no interior da família
Há, nos filhos, desde pequenos, uma tendência natural a procurar os pais com total confiança. O afeto é, aqui, uma boa base para estabelecer uma relação de confiança, mas não basta. Para que nossas crianças tenham plena confiança em nós, pais e educadores, é necessário sinceridade no ambiente familiar. Esta virtude deve ser vivida até as últimas consequências. A sinceridade dever ser, nos pais, a firme vontade de nunca enganar os filhos, demonstrando-lhes que não há assunto de que não se possa falar em casa. Os filhos têm que sentir a confiança, para que possam tornarem-se confidentes.
Essa confiança certamente provocará nos filhos um conforto muito grande, oportunizando-lhes a obediência e o respeito. Essas duas virtudes provêm da confiança. Não se respeita a quem não se confia! Não se obedece a quem não se confia! Lembre-se de que, quando estamos falando na confiança que vem da sinceridade, estamos falando de tudo que cerca as nossas crianças em casa. Se ajudamos a mentir para ocultar algo ou acobertar algo errado e que certamente a criança sabe que está errado, estamos, sim, criando pessoas que não confiaram em nós mesmos. Não há um pacto ético com os filhos que não seja o da verdade, o da confiança que advém dessa verdade. Contudo, um bom clima de confiança exige que o pai reconheça ao filho o direito de errar. Não é justo pretender que os filhos sejam perfeitos.
A aceitação e o respeito devem ser plenos também no que se refere à vida afetiva dos filhos. Temos que ajudá-los a superar as angústias, os ciúmes e as crises de relacionamento interpessoal, mas não podemos acolher a versão deles como verdade única. Isso pode provocar a falsas ideia de que sempre têm razão, levando ao desenvolvimento de atitudes egoístas e “superauto-estima relativizada”, quero dizer aqui uma super valorização do eu, sem que se permita a reflexão de seus atos.
Na adolescência, é particularmente importante basear o relacionamento com os filhos na confiança. Deve-se respeitar a privacidade do rapaz ou da moça e, por isso, não se pode, diante de amigos e familiares, expor insucesso escolar ou namoro indesejável pelos pais. A confidência virá da confiança que permitirá pais e filhos estabelecerem um relacionamento gostoso e seguro. Não exponha os seus filhos. Preserve-os das brincadeiras às vezes vexatórias (para eles adolescentes) de parentes e amigos. Cuidado para não deixá-los assim... inseguros com a nossa ação. Nessa faixa etária, a sensibilidade excessiva decorre da carga hormonal e das novas descobertas.
Não podemos conhecer uma pessoa com quem nunca convivemos. Por isso mesmo, conviva com os seus filhos. Dê a eles o presente de poder conhecer o seu trabalho. Participe dos eventos escolares, passeie gostosamente com as suas crianças. Lembre-se de que a casa não é um hotel, mas um lugar de encontro e convivência. Não a vejamos com um lugar de “final de dia” ou um lugar onde se possa “calçar os chinelos”, mas um lugar feliz e maravilhosamente tranquilo para se viver. É na convivência que observamos as necessidades dos filhos, facilitando o nosso entendimento. Saiba que no tempo que passa com os filhos trocas afetivas estão acontecendo e as crianças estão se revelando. Lembre-se de que não é a quantidade de horas, mas a qualidade e aproveitamento do tempo que passamos com eles que será definitivo. Não importa se é pouco. Tem que haver qualidade. E não esqueçamos que “estar juntos” é estar em família.
Para orientar seus filhos, não é necessário nenhum diploma. O que se faz necessário é ter um comportamento realista, saber motivar, saber superar a nossa própria emotividade e, para tanto, basta que você seja confiante e confidente. E, não se esqueça de pedir e de agradecer a Deus a bênção de termos nossos filhos amados. Que Deus os proteja!
A Informática, a Escola e as demandas contemporâneas
“No contexto da sociedade da informação, a escola precisa aprender a incorporar as linguagens do ciberespaço aos espaços de construção do saber, tendo em vista o fortalecimento da cidadania. Ao lado da alfabetização da leitura e da escrita está a alfabetização tecnológica.” (Giuliana Cavalcanti Vasconcelos) – Pedagoga, Especialista em Educação infantil e aluna especial no curso de mestrado de Ciência da Informação das UFPA.
Sabemos que não existe limite para a evolução da informática. Por isso, precisamos nos adaptar a esta evolução do conhecimento. Os computadores estão em toda parte. Ainda assim, os educadores não alcançaram uma boa forma de uso de computadores nas escolas. Mesmo sabendo que o seu uso é de grande importância na educação, os sistemas educacionais ainda não conseguem compatibilizar a transmissão dos conteúdos com o uso dessa ferramenta. Há insegurança, falta de dinheiro e tempo, ou o uso inadequado, sendo usado apenas como marketing.
Penso que necessitamos de critérios, métodos legais e padrões para a utilização da informática no ensino fundamental.
Sabemos que há críticas à utilização dos computadores na escola, principalmente nos níveis da pré-escola e ensino fundamental. Segundo Seltzer(1994), as máquinas devem ser consideradas como mero instrumento para uma porção de atividades úteis, mas não devem ser utilizadas em substituição à relação aluno-professor, substituindo um relacionamento humano em educação. Mas nós devemos esquecer os computadores em pleno século XXI? Não, devemos sim participar da evolução dos tempos, certos de que a utilização dessa tecnologia não deve ser como um fim em si mesmo, mas como uma ferramenta auxiliar no processo de ensino e aprendizagem.
A utilização de informática na educação, no sentido de ser uma ferramenta diária na relação do educando com o conhecimento, oportuniza:
01.o despertar da curiosidade;
02.aumento da criatividade;
03.auxílio no aprendizado, como por exemplo, a utilização de softwares educacionais;
04.maior produtividade em relação ao tempo;
05.relacionamento cotidiano com a tecnologia à disposição – maior interação com o mundo global e cibernético.
Visando a um aprofundamento da discussão, enumero as possibilidades de desvantagens do uso da informática em caso de:
01.falta de preparo do educador;
02.utilização excessiva sem planejamento estratégico em didática.
Vivemos em um mundo dominado pela informática e por processos que ocorrem de maneira muito rápida e, às vezes, imperceptível. Os conteúdos e até alguns processos que a escola ensina estão se tornando obsoletos rapidamente. Neste cenário, a memorização de informações vem dando lugar à capacidade de buscar, pesquisar e selecionar as informações. Desta forma, vejo a informática educativa não como uma “máquina de ensinar”, mas como uma mídia educacional. Isto é, o computador como uma valiosa ferramenta educacional, uma ferramenta de complementação e de possível mudança na qualidade do ensino e consequente melhoria no aprendizado.
Hoje, há diversos setores que buscam a integração on-line de alunos do ensino fundamental em todo o Brasil. O site da Escola do Futuro, da Universidade de São Paulo, se apresenta como um laboratório interdisciplinar que investiga como as novas tecnologias de comunicação podem melhorar o aprendizado em todos os níveis.
A Escola do Futuro reúne vários projetos educativos, entre eles o Projeto Telemar Educação, com parceira com a USP, que propicia a implementação de uma rede de comunicação entre escolas públicas do ensino fundamental, localizadas em 16 estados brasileiros. É a informática servindo de ferramenta e linguagem entre os estudantes do ensino fundamental em escolas públicas do país. Por ironia ou dialética, a iniciativa pública em educação está mais à frente da iniciativa privada.
A sociedade brasileira passa por consideráveis transformações em função do uso de novas tecnologias de informação e comunicação que são realidade em toda a aldeia global. A escola contemporânea não foge à regra, pois ela atravessa mudanças em decorrência da referida transformação. Percebe-se uma pressa maior por parte das escolas particulares em se ajustar às mudanças, em função da exigência do mercado de trabalho e também da linguagem do público oriundo das classes médias. Essa demanda de público que busca a instrução com os instrumentos tecnológicos não para de crescer. Por essa razão, há necessidade de refletir sobre a utilização de ferramentas tecnológicas em educação, a partir de um viés progressista, dando aos educadores e educandos oportunidade de abrir novas perspectivas diante das mudanças em curso na forma de organização da sociedade.
Com base nessas colocações, penso que a escola deve ter uma postura de adequação, preocupando-se com a formação das novas gerações, a partir de uma postura ativa para adotar na prática escolar a utilização de recursos de informática como ferramentas que operem no sentido de dar ao aluno a construção do conhecimento e que possibilitem aos professores o desenvolvimento de competências que vislumbrem uma nova postura frente aos novos aspectos que avançam e mudam aceleradamente. Assim, formamos pessoas ativas, construtoras de conhecimento e participantes da criação cultural.
A educação deve se voltar para formar cidadãos reflexivos, mas conhecedores de tecnologias que servem pedagogicamente para proporcionar o desenvolvimento de habilidades que permitem o acesso às tecnologias da informação e comunicação cada vez mais presentes na vida de todos nós.
As tecnologias, quando aplicadas à educação, devem ser entendidas como ferramentas que servem ao trabalho prático na produção do conhecimento e no processo de aprendizagem. Não devem ser entendidas como fim, mas sim um meio no processo didático-pedagógico.
Sabemos que as referidas tecnologias digitais vêm demonstrando que de fato é possível o desenvolvimento de um novo paradigma educacional. As crianças cada vez mais cedo estão sendo expostas aos estímulos do mundo digital, influenciando e muito o comportamento e mesmo a comunicação, provocando o desenvolvimento de novas competências fundamentais, tais como o pensamento hipotético e dedutivo, a capacidade de observação e memorização.
Para as séries iniciais do Ensino Fundamental, existem no mercado softwares, materiais educativos que disponibilizam enciclopédias para consultas, jogos educativos, atividades de avaliação etc. que já são amplamente consumidos, o que demonstra a interação das tecnologias digitais e a educação. Diversas editoras e sistemas de ensino vêm desenvolvendo projetos para atender a essa demanda, o que sinaliza para nós o modelo futuro a ser utilizado no processo ensino e aprendizagem.
Buscando refletir mais acerca da utilização de tecnologias digitais nas séries iniciais do ensino fundamental, inquieta-me a questão; os alunos dessa faixa etária estão prontos para o desafio de uma “educação tecnologizada”? Isso não irá atrapalhar o domínio da leitura e a aquisição da escrita? Buscando Piaget e sua Teoria dos estágios (Mussen 1975), observamos com clareza que, no terceiro estágio, designado Fase das operações concretas (sete aos 12 anos), a criança tem como principal característica o uso do pensamento lógico e do raciocínio. Isto significa que elas estão prontas para a manipulação de materiais concretos que exigem raciocínio e lógica. Dessa forma a interação com o computador se dá nessa faixa etária de forma natural. E quanto ao aprendizado da leitura e da escrita? Ora, a multimídia é a combinação de texto, som, imagem, animação e vídeo. Por isso, uma forma poderosa de comunicação, pois desperta no aluno o interesse e promove a retenção da informação. Para a educação, uma multimídia bem empregada estimula todos os sentidos e atua como uma poderosa ferramenta para a construção de palavras e frases. Há na tecnologia um forte apelo visual e movimentos fascinantes que motivam e estimulam o educando.
Um material educativo tecnológico utilizado de forma adequada oferece muitas vantagens, pois fixa os conteúdos, dá autonomia, motiva, oportuniza desafios e, principalmente, gera o prazer de aprender. Porém cabe salientar que toda tecnologia educativa deve ser aplicada a partir de objetivos pedagógicos e com base em uma metodologia para o fim, que é o aprendizado das crianças. Como já foi enfatizado, a informática deve ser um meio e não um fim, uma ferramenta de apoio para a perfeita realização do processo ensino-aprendizagem.
Bibliografia:
1. SELTEZER, Waldemar W. Computadores na educação: Por que, quando e como. 5º Simpósio brasileiro de informática na educação. Porto Alegre, RS. Campus PUCRS, 1994.
2. PIAGET, Teoria de Piaget. In: Mussen. Paul h(org) Psicologia da criança. São Paulo. EDUSP. 1975.
Aprendendo sobre o certo e o errado com os irmãos: o importante convívio familiar na construção de uma criança mais feliz e segura
Os irmãos ensinam uns aos outros o que queremos que façam e o que definitivamente não queremos que seja feito. O convívio com os irmãos capacita a criança para o entendimento do certo e do errado. Porém, como sabemos todos, o número de criança por família tem diminuído e, claro, as famílias grandes estão desaparecendo. Como consequência disso, as crianças têm vivido sem compartilhar com irmãos lições de bom relacionamento. Parece simples, mas é complicado. Quer ver por quê? Veja...
Crianças estão chegando em idade escolar de 06 anos, iniciando o Ensino Fundamental, sem ter tido a oportunidade de realizar troca em casa com irmãos da mesma faixa etária. Não estão acostumadas a dividir, a esperar a sua vez, a ter que conviver com disputa e a compartilhar afetos. As que viveram a Pré-Escola, muitas vezes foram cercadas de tantos cuidados, que, sinceramente, pouco ajudaram ao seu desenvolvimento. Muitas vezes, por serem filhos únicos, ou viverem apenas com um irmão ou irmã de faixa etária muito diferente, essas crianças apresentam muita dificuldades nos primeiros anos da vida escolar. É preciso paciência, mas é necessário atenção ao problema por parte de pais e educadores.
Geralmente, criança com dificuldade de relacionamento na Escola pode estar “pedindo ajuda” a nós adultos. Por isso, o cuidado na leitura dessas necessidades e as formas de agirmos têm que ser discutidos entre a Escola e a família, afinal as crianças vivem pelo menos um tempo igual na Escola e em casa. Muitas vezes, até mais na Escola, devido a atividades pedagógicas complementares.
As crianças, no universo escolar que é um ambiente onde se estabelecem trocas interpessoais, muitas vezes se manifestam de maneira diferente da forma como se manifestam em casa. O “espaço-escola” representa para o educando um ambiente de estímulos diversos. É onde praticam esporte, aprendem coisas novas todos os dias, produzem arte e educação, brincam e convivem. Principalmente é o espaço onde eles constroem o seu mundo, onde a orientação e a autoridade dos pais não é a “referência de comando”. Há os professores, a coordenação e a direção. Elas convivem com essa hierarquização e cumprem horários e normas. É nesse universo todo dela, que ela realiza as trocas sociais que se dão, a partir da liberdade da manifestação do seu eu, na construção de sua personalidade. É aqui, então, fora da família, que ela aprende a conviver com os amigos e a lidar com variados tipos de frustrações e desafios. É isso mesmo! A Escola é e tem que ser o laboratório onde as nossas crianças conheçam as regras da sociedade e a forma de como devem se colocar diante das regras, e isso é mais fácil para quem em casa já vive sob regras e que tem irmãos para a realização das trocas. Essa experiência dá mais segurança e disciplina. Ter irmãos com os quais tem que estar trocando sempre, cedendo e respeitando, ajuda a criança a lidar com o universo escolar.
Mas qual é a solução para as famílias que têm apenas um filho? Seria “encomendar” mais? Não se trata disso, tenha certeza. O que vai funcionar bem, como já exposto, é a sintonia da família com a Escola. Essa é a chave que abre a porta da caminhada feliz de nossos filhos. Escola e família têm que ter sintonia, têm que ter “alinhamento de ações”. Os ambientes têm que ser parecidos para que a criança tenha um entendimento uniforme de limite, disciplina e entrega e possa aceitar que no relacionamento entre as pessoas sempre haverá necessidade de ceder e de realizar trocas positivas de experiências e desejos.
Acreditem! Pessoas felizes são aquelas que sabem dividir, respeitar, compreender, ceder e exigir. O diálogo e o entendimento, ferramentas essenciais para todo e qualquer tipo de relacionamento, são habilidades que construímos ao longo de nossa vida, a partir da capacidade de vivenciarmos em cada fase as trocas interpessoais da forma natural como devemos fazer.
Disciplina e Educação: os pilares da civilização
Não é nada fácil manter a disciplina. De maneira geral, a disciplina é um problema nas escolas em todo o mundo, e certamente não é somente por causa das escolas. As crianças são expostas a influências do ambiente sócio-cultural em que vivem. Os professores e as escolas são apenas uma das muitas influências do educando. Assim sendo, as escolas, sozinhas, não podem ser as únicas responsáveis pela indisciplina.
Dessa forma, precisamos entender também que a escola, enquanto instituição educadora, não pode sozinha ter a missão disciplinadora. As famílias não podem deixar as escolas lutarem sozinhas na batalha contra o mau comportamento. Hoje, mais do que nunca, toda sociedade deve estar mobilizada no sentido de produzir uma sinergia na ação educadora da disciplina.
Nós, pais e educadores, devemos ter em mente que a educação, enquanto fenômeno universal, comporta diversas tensões em seu âmbito. Não podemos nos ater apenas às questões internas da relação interpessoal no espaço-escola, mas sobretudo à causa cultural que as crianças trazem consigo. Por isso, família e escola têm que estar em sintonia na questão da formação das crianças. Jamais fará sentido a disciplina escolar, se a família questionar as regras da escola. Nunca as crianças aprenderão o que é certo. Se os pais não ajudarem a Escola, quem educará as crianças? Quem lhes dará respostas e a reconduzirá ao bom senso? Quem lhe dará limites? É justamente aqui que entra em cena uma das questões mais controversas no âmbito da educação familiar e escolar: a questão do limite.
Nós, que vivemos o cotidiano das grandes cidades mergulhados nas obrigações da sobrevivência, acabamos muitas vezes com dificuldade de acompanhar os nossos filhos. E aí vem a questão: quem dá a medida para os limites de nossas crianças? Se a criança hoje passa mais tempo nas escolas do que em casa, quem de fato está com a tarefa de educar? Teremos então um problema: cabe somente à Escola o papel da educação das crianças? Onde entra a escola? E a família? Pois bem, é aí que não pode haver dúvidas. Escola e família, ambas têm a missão educadora, porém papeis diferentes, mesmo que as atribuições dos papeis convirjam para um só ponto: a educação de crianças e jovens. Precisamos estar atentos a isso. Por mais que Escola e professores tentem, jamais conseguirão suprir a necessidade da ação familiar na educação da criança. Por isso, fazem-se necessários o diálogo e a perfeita sintonia entre escola e família. Temos que trabalhar juntos, sem o extremo de pensar que uma ação disciplinar “traumatiza” crianças e sem o extremo de abuso de autoridade ou imposições de valores por demais exagerados, por parte dos educadores.
É importante salientar, todas as vezes que falamos em disciplina, que os limites são exatamente a medida para a construção de autonomia e “liberdade-responsável”. A sociedade tem regras e limites e nós vivemos nela. Nossas crianças precisam entender isso. Não podemos achar problemas nisso.
Diante de uma sociedade, cujas regras são abaladas pelos modismos midiáticos, temos que estar alerta e juntos para evitarmos choques, exatamente naquilo que é o nosso propósito: educar para a vida.
Faltavam as crianças para brincar de casinha: o papel da família para a formação de pessoas felizes.
Agora nas férias escolares do meio do ano, minha família foi matar a saudade da terra natal. Não ficaram por lá muito tempo, mas o bastante para eu sentir falta deles. As crianças se foram e no lugar dela ficou um enorme vazio. A falta deles, a saudade e os brinquedos quadrados, levou-me a uma reflexão sobre a importância da família, Para completar os ingredientes, em que no domingo passava inadvertidamente os canais da TV, deparei-me com a homilia da missa televisiva do Padre Fábio de Melo. Ele falava da importância da família, principalmente da importância do casal para o equilíbrio da família. Pensei então, em dividir com vocês o meu pensar.
Não parece fácil definir exatamente o que seja uma família. A família nuclear, onde o pai e mãe são “cabeça” do grupo familiar, tem cedido lugar a outras formas de formação familiar, cuja a consanguinidade não é mais o fator determinante. Mais do que laços de sangue, o que vem dando sentido à família é ainda a velha fórmula: o amor, a compreensão, a entrega, o carinho, a acolhida, mesmo que o grupo familiar seja constituindo indiferentemente ou não a “laços de sangue”.
Como o “quarto de brinquedos”, onde os meus três filhos brincavam quietos, parei para refletir sobre a importância no brincar para eles e como que no brincar, eles reproduzem, a partir de sua própria leitura a rotina do lar. De um modo geral, quando as crianças brincam, elas interagem o tempo todo. Nesta troca, experimentam papéis diferentes e têm suas ações delimitadas pelas ações do grupo como um todo. Uma criança, quando envolvida numa brincadeira de faz-de-conta, quando por exemplo usar da imaginação para brincar de papai e mamãe com outras crianças, pode vivenciar experiência e significados que já ocorreram de alguma forma em seu cotidiano. É aí que entra a nossa figura. Certamente ao brincar de papai e mamãe, de carinha como costumamos falar, os nossos filhos estarão reproduzindo e incorporando os valores que no dia-a-dia são passados a eles.
De uma forma ou de outra, quando inseridas num momento de brincadeira desse gênero, as nossas crianças estão manifestando as suas experiências e até expondo as suas frustrações. Assim, entendendo a brincadeira como uma atividade privilegiada para se observar o desenvolvimento da criança. Devemos estar atentos enquanto brincam, para que possamos entender a forma como eles estão assimilando os diversos signos do ambiente familiar em que vivem. Assim, o que observamos, de um modo geral, é que a família apresentada nas brincadeiras segue o modelo de família conhecido pela criança. Por isso mesmo, o modelo apresentado é sem dúvida o modelo internalizado por ela. Daí a nossa importância como pais, mães, padastros, madastras ou alguém que vive no ambiente familiar. As nossas crianças serão, de certa forma, aquilo que elas aprendem conosco e reproduzem nas brincadeiras de faz-de-conta. Nossos exemplos ficam. Em mesmo lembro muito da minha casa, quando criança e sou todo o exemplo deixado por meu pai. Sou exatamente como ele, no que ele me passou de bom e o que o de não tão bom assim passou. Os defeitos e a virtude eu absorvi. Claro que o ambiente hoje é outro, o mundo mudou, mas os valores encantados ficaram. Por isso mesmo gente, temos que ter muito cuidado. Vamos preservar as nossas crianças de nossos momentos, lá não muito bom e também de atos pouco virtuosos. Eles estão ali, perto da gente, absorvendo tudo e querendo ser como nós. Vamos dar a nossos filhos um lar de amizade e compreensão. Deixemos para discutir os problemas longe dos filhos, guardando para eles só caminho e incentivo. Vamos dar a eles oportunidade de crescer com segurança e felicidade.
Uma forma de você estar mais perto de seus filhos, realizando trocas maravilhosas com ela, é na hora da tarefa. A lição de casa é um momento fantástico para você não só acompanhar o desenvolvimento cognitivo deles, mas pode passar segurança, motivação e principalmente elogiar o progresso intelectual deles. Experimente, faça desse momento, um momento gostoso. Aproveite um tempinho livre para também observar as brincadeiras deles. Sinta-se parte do mundo imaginário deles. Sejam afetuosos, pois o caminho da a eles tranquilidade e segurança. Leve-os para passear e conte história para eles. Invente, imagine, permita-se a ser criança com eles, pelo menos um pouquinho na semana. Tenham certeza que eles irão adorar.
Como pai, estou sempre tentando ser o melhor e imperar-me a cada dia. Quando erro com os meus filhos faço uma revisão de minha posição e procuro passar para eles que somo humanos, e que estamos sempre na busca da felicidade.
Um abraço a todos!
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