segunda-feira, 2 de maio de 2011

Faltavam as crianças para brincar de casinha: o papel da família para a formação de pessoas felizes.


Agora nas férias escolares do meio do ano, minha família foi matar a saudade da terra natal. Não ficaram por lá muito tempo, mas o bastante para eu sentir falta deles. As crianças se foram e no lugar dela ficou um enorme vazio. A falta deles, a saudade e os brinquedos quadrados, levou-me a uma reflexão sobre a importância da família, Para completar os ingredientes, em que no domingo passava inadvertidamente os canais da TV, deparei-me com a homilia da missa televisiva do Padre Fábio de Melo. Ele falava da importância da família, principalmente da importância do casal para o equilíbrio da família. Pensei então, em dividir com vocês o meu pensar.
Não parece fácil definir exatamente o que seja uma família. A família nuclear, onde o pai e mãe são “cabeça” do grupo familiar, tem cedido lugar a outras formas de formação familiar, cuja a consanguinidade não é mais o fator  determinante. Mais do que laços de sangue, o que vem dando sentido à família é ainda a velha fórmula: o amor, a compreensão, a entrega, o carinho, a acolhida, mesmo que o grupo familiar seja constituindo indiferentemente ou não a “laços de sangue”.
Como o “quarto de brinquedos”, onde os meus três filhos brincavam quietos, parei para refletir sobre a importância no brincar para eles e como que no brincar, eles reproduzem, a partir de sua própria leitura a rotina do lar. De um modo geral, quando as crianças brincam, elas interagem o tempo todo. Nesta troca, experimentam papéis diferentes e têm suas ações delimitadas pelas ações do grupo como um todo. Uma criança, quando envolvida numa brincadeira de faz-de-conta, quando por exemplo usar da imaginação para brincar de papai e mamãe com outras crianças, pode vivenciar experiência e significados que já ocorreram de alguma forma em seu cotidiano. É aí que entra a nossa figura. Certamente ao brincar de papai e mamãe, de carinha como costumamos falar, os nossos filhos estarão reproduzindo e incorporando os valores que no dia-a-dia são passados a eles.
De uma forma ou de outra, quando inseridas num momento de brincadeira desse gênero, as nossas crianças estão manifestando as suas experiências e até expondo as suas frustrações. Assim, entendendo a brincadeira como uma atividade privilegiada para se observar o desenvolvimento da criança. Devemos estar atentos enquanto brincam, para que possamos entender a forma como eles estão assimilando os diversos signos do ambiente familiar em que vivem. Assim, o que observamos, de um modo geral, é que a família apresentada nas brincadeiras segue o modelo de família conhecido pela criança. Por isso mesmo, o modelo apresentado é sem dúvida o modelo internalizado por ela. Daí a nossa importância como pais, mães, padastros, madastras ou alguém que vive no ambiente familiar. As nossas crianças serão, de certa forma, aquilo que elas aprendem conosco e reproduzem nas brincadeiras de faz-de-conta. Nossos exemplos ficam. Em mesmo lembro muito da minha casa, quando criança e sou todo o exemplo deixado por meu pai. Sou exatamente como ele, no que ele me passou de bom e o que o de não tão bom assim passou. Os defeitos e a virtude eu absorvi. Claro que o ambiente hoje é outro, o mundo mudou, mas os valores encantados ficaram. Por isso mesmo gente, temos que ter muito cuidado. Vamos preservar as nossas crianças de nossos momentos, lá não muito bom e também de atos pouco virtuosos. Eles estão ali, perto da gente, absorvendo tudo e querendo ser como nós. Vamos dar a nossos filhos um lar de amizade e compreensão. Deixemos para discutir os problemas longe dos filhos, guardando para eles só caminho e incentivo. Vamos dar a eles oportunidade de crescer com segurança e felicidade.
Uma forma de você estar mais perto de seus filhos, realizando trocas maravilhosas com ela, é na hora da tarefa. A lição de casa é um momento fantástico para você não só acompanhar o desenvolvimento cognitivo deles, mas pode passar segurança, motivação e principalmente elogiar o progresso intelectual deles. Experimente, faça desse momento, um momento gostoso. Aproveite um tempinho livre para também observar as brincadeiras deles. Sinta-se parte do mundo imaginário deles. Sejam afetuosos, pois o caminho da a eles tranquilidade e segurança. Leve-os para passear e conte história para eles. Invente, imagine, permita-se a ser criança com eles, pelo menos um pouquinho na semana. Tenham certeza que eles irão adorar.
Como pai, estou sempre tentando ser o melhor e imperar-me a cada dia. Quando erro com os meus filhos faço uma revisão de minha posição e procuro passar para eles que somo humanos, e que estamos sempre na busca da felicidade.

Um abraço a todos!

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