quinta-feira, 5 de maio de 2011

A EDUCAÇÃO NOSSA DE CADA DIA

      A situação geral da educação Brasileira vem mostrando um avanço em seus índices, mesmo que de forma muito acanhada. Com tudo o que avançamos o quadro hoje ainda exige muito investimento. Temos em nossa população ainda 16 milhões de analfabetos com mais de 15 anos de idade. Há o impressionante número de 30 milhões de analfabetos funcionais, aqueles que não compreendem a leitura, o que lêem não faz nenhum sentido. Apenas 15 cidades com todo o país têm as 9 séries do ensino fundamental. Em 1796 municípios brasileiros, a média de escolarização da população é inferior as quatro séries iniciais, sendo que os dez municípios com os melhores desempenhos na educação estão na região sul e sudeste.
       Com 59% de analfabetos e 93% de analfabetos funcionais, Guariba no Estado do Piauí tem a média de apenas 1,1 séries concluídas da 9º série do ensino fundamental. Ou seja, uma tragédia que exige políticas públicas educacionais urgentes para mudança desse quadro.
     Quando analisamos a educação básica em nosso país encontramos 85,4% dos estudantes brasileiros matriculados na rede pública de ensino, totalizando só nesse segmento 43,9 milhões de estudante contra 14,6% de alunos matriculados no mesmo segmento na rede privada de ensino. Isso nos indica que temos predominante em nosso país uma educação pública.
       Daí é óbvio a necessidade de gestão pública eficiente.
Aprofundando um pouco mais o entendimento, constatamos que com a política de municipalização do ensino, nos últimos 10 anos principalmente, a “transferência” da responsabilidade da educação pública tem migrado do estado para o município, mesmo que o poder político estadual não seja isento de responsabilidade. Hoje, o poder público federal é responsável por apenas 235.108 alunos em escolas federais, contra 20.031.988 em escolas estaduais e 23.722.411 em escolas da rede municipal; na rede privada, temos apenas 7.560.381 alunos em todo o Brasil. Está claro que a educação é um problema de gestão de políticas públicas.
      Segundo o site do INEP/MEC, o Estado Alagoas possui 997.006 alunos matriculados, dos quais 97.707 estão em escolas privadas. Alunos matriculados em escolas federais somam apenas 3.492 contra 264.725 matriculas na rede estadual e 631.082 com matriculados na rede municipal – o mesmo aluno pode ter mais de uma matrícula. Como ocorre em nível nacional, Alagoas tem predominante uma educação pública, principalmente sob a responsabilidade dos municípios. Em nosso estado predominam a matrícula no Ensino Fundamental com 1.539.692 alunos, sendo apenas 437.260 matriculados no Ensino Médio. Há evasão?
      Não temos continuação? Se pensarmos no ensino profissional, que deveria ser o foco para um estado que tem que preparar a sua população para o trabalho, temos apenas 30.007 alunos matriculados. Precisamos mudar! Os números indicam um sistema educacional que não prove a continuação nos estudos (retenção e promoção) e não foca em uma educação técnica profissionalizantes para oportuna aos nossos jovens, capacitação para o mercado de trabalho, a partir da vocação econômica do estado e região.
    Mais verbas, melhorias no salário dos educadores, melhores instalações etc. Nada disso terá efeito desejado se não existir uma política de educação pública que atenda a realidade da população e que elabore projetos capazes de atuarem como transformadores de uma consciência crítica e trabalhos realmente transformados em cada unidade de ensino na rede estadual e municipal. Precisamos urgente de sair das “discussões viciadas” e avanço para práticas de resultados efetivo. Com parceria com a iniciativa privada e educação de resultado.

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