No início desta semana, retomei uma importante leitura. Busco mais informações acerca do comportamento das crianças, para que eu possa entender melhor os meus filhos e o meu papel como pai e educador. Como sabem, sou pai de três filhos, todos ainda crianças e, como a maioria de vocês, sou eu quem acompanha a rotina deles. Divido o dia-a-dia das crianças com a minha esposa, que também, como muitas mães de hoje, tem bastante atividade profissional.
Na busca de entendimento, procuro ler especialistas em educação e orientação de crianças. São muitos livros escritos por neuropsicólogos, neurocientistas, educadores, psiquiatras e todo tipo de profissionais que atuam nas questões sócio-comportamentais e sócio-emocionais das crianças. Tenho aprendido muito e compartilhado com vocês o que tenho aprendido. Há anos eu faço esse estudo, pois creio, como Diretor desta escola, ser mais do que parte da minha missão poder contribuir com a comunidade; é um prazer de verdade.
Nesta semana, aprendi o seguinte: o passo mais importante no processo de criar filhos é estabelecer metas. É fundamental que estabeleçamos objetivos a serem atingidos. Tem que ser claro isso. Tendo objetivos claros, nós agimos de forma produtiva. É fundamental que pai e mãe saibam o que querem para os filhos. Assim, você focaliza suas ações e passa a ter uma conduta cristalina para você e para o seu filho, afastando o risco da frustração. Acredito que é preciso olhar para os objetivos todos os dias e se esforçar muito para que os mesmos sejam atingidos. O Dr. Daniel G. Amen, neurocientista e psiquiatra infantil, nos ensina que é fundamental traçar e cumprir os seguintes objetivos:
- Estar envolvido: dedicar-se aos filhos;
- Ser aberto: saber ouvi-los;
- Ser firme: impor limite;
- Estar junto: casados ou divorciados, falar a mesma língua, ter a mesma postura;
- Ser gentil: ser carinhoso e compreensível;
- Ser divertido: brincar, contar piadas e jogar com eles;
- Ser relacional: ensinar seus filhos a se relacionar com as pessoas;
- Ser responsável: ensiná-los a assumirem suas responsabilidades;
- Ser independente: ensiná-los a fazerem as escolhas certas na vida;
- Ser autoconfiante: incentivá-los a confiarem em si e enfrentarem os desafios;
- Ter boa autoestima: ressaltar as coisas positivas, mais do que ressaltar as coisas negativas de cada filho(a);
- Ser adaptável: ensiná-los a serem flexíveis diante as situações do dia-a-dia.
Para que os filhos sejam bem sucedidos no mundo é fundamental que também tenham seus objetivos. Por isso mesmo, incentive-os a terem metas na vida. Pergunte-lhes quais são os seus objetivos na vida, faça-os pensar nisso. Lembra quando os nossos pais nos perguntavam o que seríamos quando crescer? Pois é... é isso! Leve-os a imaginar o que querem da vida e dê a eles norte, orientações para tanto.
Mas, para que possamos traçar essas metas com segurança, é preciso que conheçamos as características principais das crianças, considerando suas idades. Por isso, seguem abaixo algumas etapas do desenvolvimento de nossas crianças para que você possa conhecer ainda mais o seu filho(a). Veja como são, para ajudá-los na “construção do eu” de cada um:
Pré-escolar: três a seis anos:
- iniciativa e curiosidade;
- imaginação: “amigos imagináveis;
- pensamento mágico: acreditar que o pensamento tem poderes;
- compete para substituir o pai, se for menino, e a mãe, se for menina.
- imaginação: “amigos imagináveis;
- pensamento mágico: acreditar que o pensamento tem poderes;
- compete para substituir o pai, se for menino, e a mãe, se for menina.
Primeira idade escolar: seis a onze anos:
- amizade fora de casa;
- identifica-se com o pai ou a mãe;
- a faixa de atenção aumenta muito;
- necessita de supervisão e regras.
- identifica-se com o pai ou a mãe;
- a faixa de atenção aumenta muito;
- necessita de supervisão e regras.
Pré-adolescente e início da adolescência: onze a quatorze anos:
- começa a ter pensamentos mais independentes;
- luta com o senso de identidade;
- amizades íntimas ganham mais importância;
- percebe que os pais não são perfeitos;
- timidez quanto ao corpo;
- testa regras e limites.
- luta com o senso de identidade;
- amizades íntimas ganham mais importância;
- percebe que os pais não são perfeitos;
- timidez quanto ao corpo;
- testa regras e limites.
Pois é, sua criança, assim como as minhas, certamente apresentam características dessas faixas etárias. Elas estão se desenvolvendo e necessitam muito de nós. Por isso, vamos continuar de mãos dadas nessa caminhada, cujo objetivo maior deve ser este: formar pessoas felizes.
Bibliografia:
1. AMEN, Dr. Daniel. G. O Manual de instrução que deveria vir com seu filho. Ed. Mercúrio. São Paulo.
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