Como sabemos, as crianças quando nascem já trazem sua própria personalidade. Por isso, a educação eficiente leva-nos a crer que é necessário um ajuste entre pais e filhos para que o relacionamento se dê em níveis de tranquilidade. Para entender melhor, pense no seguinte: as crianças nascem trazendo características próprias, como temperamento, necessidades de afeição, nível de tolerância etc. Na mesma proporção, os pais já possuem temperamento, sensibilidade, nível de estresse etc. Assim, eu tenho uma fórmula explosiva que é: características da criança + características dos pais + estresse + aspectos sócio-culturais = Relacionamento Familiar. Veja que o nosso cotidiano é resultado da combinação de fatores que necessitam de ser conhecidos e dominados. Se chegamos em casa, levando a carga de problemas do dia, com certeza estaremos dando oportunidade para que haja um desequilíbrio no relacionamento com os filhos. Se considerarmos que à fórmula do relacionamento, em alguns casos, temos que adicionar problemas biológicos (TDH, DDA etc) aí sim o resultado da somatória pode chegar a um nível de intolerância tão grande que inviabiliza a convivência familiar.
Embora tenhamos consciência de que não existe uma fórmula mágica para o bom relacionamento entre pais e filhos, muito especialistas elaboram uma série de orientações para que possamos encontrar uma maneira de nos relacionarmos mais tranquilamente com os nossos filhos. Saiba que eu utilizo, muitas vezes com sucesso absoluto, essas orientações. Sendo assim, compartilho com vocês algumas delas:
1. Procure otimizar seu tempo com o filho, no sentido de encontrar, nas horas do dia, o momento exato, que seja bom para você e para ele, para que tenham uma conversa gostosa. Se escolher um momento que choca com as ansiedades da criança ou com suas necessidades, esqueça. Melhor deixar para depois.
2. Se você e seu filho são teimosos, e olhe que muitas vezes nós é quem somos teimosos, aprenda a ser flexível.
3. Faça atividades com seu filho. Ajude-o nas tarefas escolares, chame-o para passear (eles adoram sair com os pais).
4. Abrace e beije seu filho.
5. Permita-se ficar sozinho 20 a 30 minutos se precisar. Recarregar as pilhas antes de se relacionar ajuda a organizar a mente e acalmar o espírito.
Educar filhos é, em última análise, ser capaz de ensinar e respeitar. O “pai total” e a “mãe total” não existem, é mito. Vamos errar, mas com certeza devemos estar dispostos a fazer uma releitura interior diariamente para que possamos encontrar a melhor maneira de nos relacionarmos com os nossos filhos.
A qualidade do relacionamento com o filho estabelece o tom de toda experiência educacional. É o fator decisivo no desenvolvimento das crianças, por isso há sempre com os pais o receio de que não estão sendo bons pais. O pai, mais do que a mãe, carrega o peso na consciência quando se imagina não sendo bom para os filhos. Mas o que é ser um bom pai? Ser bom pai é ser uma companhia agradável para o filho, ser o que sabe ser paciente, é aquele que assume os erros, que permite privacidade e que acredita no filho. É o que permite ao filho falar e que está sempre junto, apoiando a criança em suas necessidades. É o que coloca limite, exige disciplina, mas é afetuoso e compreensivo. “Ta vendo!” Ser bom pai é dar aos seus filhos exatamente aquilo que você deseja que seja dado a você. Ficou simples. Ficou fácil. É só começar.
Que busquemos sempre ser bons pais. A busca será a diferença exata entre o que nunca tentou e aquele que de fato nunca conseguiu realizar.
Fonte Bibliográfica:
Amen, Daniel. O manual de instruções que deveria vir com seu filho. Ed. Mercuryo, 2005.
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ResponderExcluirMuito obrigado e estou muito feliz com o seu comentário.
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