terça-feira, 10 de maio de 2011

A pré-adolescência e a mudança de comportamento dos alunos

Dos 12 anos aos 18 anos de idade, seu filho irá sofrer uma série de transformações físicas e alguma instabilidade emocional. Ele está entrando na puberdade.
Nas meninas, cuja ação dos hormônios é mais rápida, o primeiro sinal de nova fase é o desenvolvimento do corpo, o odor da transpiração, a pele mais oleosa. Nos meninos, as mudanças são mais lentas. Notamos mudança na voz e agressividade. As meninas tornam-se mais sociáveis e sensíveis; os garotos, mais “valentões”.
A palavra adolescente vem do latim e significa amadurecer. É isso mesmo. Eles irão crescer, mudar a forma de pensar e agir; terão desejos e sonhos diferentes, e você sentirá essas mudanças. As brincadeiras infantis darão lugar aos jogos de raciocínio e os grupos de meninos e meninas se tornarão abertos. Há, portanto, uma reintegração entre meninos e meninas. É comum rejeitarem demonstração de afeto, pois têm medo de serem associados a uma criança. Não sinta surpresa se pedirem para deixá-los um pouco longe do portão da escola, afinal, eles têm que mostrar independência.
Com certeza, para os adolescentes, o momento é de muito conflito. O desafio de terem que ser aceitos em um grupo social é angustiante. As meninas começam a viver a “síndrome do espelho”. Buscam um padrão de beleza que muitas vezes idealizam a partir da influência da mídia. Em razão desse conflito, podem se isolar ou mesmo desenvolver hábitos destrutivos. Há casos extremos de depressão. Os meninos, por sua vez, sofrem um processo de mudanças físicas que podem afastá-los do convívio social. Alguns parecem “desengonçados”com  braços grandes demais para o corpo;  a voz  oscila, ora soa rouca, grossa, forte, firme, ora soa fina,  “esganiçada”, o que os inibe de falar em público, o que os faz ter vergonha. Não é fácil lidar com tantos problemas, por isso, nós, educadores e família, temos que estar atentos a esse momento. Para sintonizarmos as nossas ações,  vão algumas dicas que, com certeza, ajudarão seus filhos:
  1. Procurem respeitar as experiências de seu filho com roupas, “piercings” e tatuagens. Caso vocês, pais,  não aceitem o uso de piercings ou tatuagens, procurem explicar de forma adulta as razões que os motivam a dizer “não”. Mostrem  possíveis  riscos para a saúde, mas evitem uma  visão  preconceituosa sobre as pessoas ou os grupos sociais que optam por esses adereços;
  2. Conversem com seus filhos. Sexo, drogas e violência não podem ser assuntos proibidos. Cuidado para não usar o tom professoral de um palestrante. Aproveite as brechas de filmes, de notícias...
  3. Conheçam os ídolos de seu filho. Eles são “espelhos” onde seu filho está se mirando. Com isso, você terá uma visão mais ampla do que ele está pensando;
  4. Compreendam o que significa, nessa idade, baladas e afins: por mais difícil que seja, está na hora de ele conquistar independência. Claro que ainda é cedo para uma noitada, mas uma matinê já é hora. O shopping é o lugar preferido para esse ensaio. Fiquem atentos aos colegas, conheçam a “tribo” com que ele está se enturmando;
      Estabeleçam com seu filho um relacionamento de confiança. Não se afastem. Mostrem-se dispostos a conversar e não insistam para que ele fale algo que ele não queira. Mostrem-se interessado pela vida dele e o elogiem quando fizer algo de bom. Censurar, sempre, afasta, leva à ruptura.


Para saber mais:

Puberdade e Adolescência – Desenvolvimento Biopsicossocial.
IÇAMI TIBA, Ed. Gente.

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