A criança ainda bebê, quando têm o corpo tocado, descobre diferentes sensações. As crianças passam por essa fase e nós, educadores e pais, temos que estar preparados para saber lidar bem com a questão. O sexo é parte importante de nossas vidas e, por isso, devemos encará-lo com naturalidade e com muita informação. Sendo assim, a família e a escola devem ajudar as crianças a construírem uma visão sem mitos e preconceitos.
Devemos oferecer às nossas crianças uma orientação acerca de sexualidade com muito afeto. Não podemos negar que, já por volta de 08 anos de idade, o assunto faz parte das rodas dos que estão entrando na pré-adolescência e por isso devemos estar atentos aos questionamentos e à necessidade crescente de informações que levem ao entendimento correto.
A chave de tudo é o respeito. As crianças, até que ganhem confiança e afirmação, passam por fases que devem ser acompanhadas, porém devemos respeitá-las como seres individuais que estão em formação. Por isso, nós, educadores, sabemos que na escola não podemos ser cúmplices dos alunos nos comentários preconceituosos. Temos que buscar fortalecer as crianças que estão isoladas por terem comportamento diferente e procurar, com a classe, manter um debate franco sobre a necessidade de respeitarmos uns aos outros. Em casa, a família pode ajudar, deixando claro aos filhos os valores da masculinidade e feminilidade e das diferenças.
Estamos preparados para entender que no início da pré-adolescência meninos e meninas começam a conhecer o corpo com toque íntimo. Descobrir o corpo e como ele pode dar prazer faz parte do desenvolvimento do ser humano.
Se, na escola, a criança está se tocando intimamente, o educador deve chamá-la em um espaço reservado e orientá-la a respeito da impropriedade do momento. Caso o ato se repita e seja constante, a orientação educacional deve dividir a situação com os pais, e estes devem explicar a diferença entre o público e o privado e a necessidade de nos preservarmos quanto à exposição em público. E, em casa, se a criança está se tocando reservadamente, isso deve ser encarado com normalidade e respeito à privacidade dela, sem que haja constrangimentos. O importante é tratar a questão com total naturalidade.
A escola e a família devem estar abertas ao diálogo franco sobre gravidez e doenças sexualmente transmissíveis. Nas aulas de Ciências oportunizamos aos nossos alunos (em faixa etária adequada) informações sobre métodos contraceptivos e riscos de DST. Em casa, tenha a absoluta certeza de que conversar sempre é o melhor jeito de explicar aos filhos os problemas de uma gravidez prematura e não planejada e os perigos de um relacionamento sem proteção. Negar essa possibilidade é se fechar para o diálogo e correr o risco de ter adolescentes mal informados ou buscando informações em fontes não convencionais ou seguras.
Enquanto as nossas crianças ainda não crescem, vamos evitar a exposição erótica de filmes, telenovelas e programas impróprios. Lembremo-nos sempre que as crianças são como esponjas e absorvem e imitam o que vêem. A erotização dos pequenos deve ser evitada. O melhor mesmo é que brinquem e aproveitem a infância. É importante salientar que nós, educadores e familiares, devemos ser a fonte de informação e de formação das crianças.
E que elas cresçam felizes!
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