segunda-feira, 29 de setembro de 2014

O que é importante para você?



Olhe adiante! Pense o que você quer para seus filhos daqui a 10, 15 anos. Qual você quer que seja a visão de mundo deles? Com que tipo de pessoa você quer que eles estejam se relacionando? Já imaginou também como estará a sua relação com eles? Se você deseja alguma coisa de boa para a vida deles e certamente deseja, comece agora projetando como será esse futuro deles. Ensine-lhes hoje o que quer que eles sejam no futuro. Se pensa que deverão ser gentis, então ensine hoje o que é gentileza. Se deseja que sejam adultos responsáveis, dê a eles hoje responsabilidade. Se os imagina felizes no casamento, ensine-os desde já a saber lidar com outras pessoas. Nossos filhos serão no futuro o que certamente ensinamos a eles no presente.
Ter visão a longo prazo para os filhos é muito importante. Com certeza queremos o melhor para cada um de nossos filhos. E isso nos faz perguntar: estamos planejando isso? Estamos deixando que as coisas aconteçam ou estamos educando para que no futuro eles sejam o que de fato desejamos?
Para ter certeza destas respostas, proponho um exercício. Cite três qualidades que você deseja que seus filhos tenham na fase adulta. Feito isso, imagine agora o que faria para que essas qualidades fossem desenvolvidas em seus filhos? Planejar exige traçar metas e controlar para que essas metas sejam atingidas. Esperar que as crianças cresçam naturalmente sem intervenções em suas práticas, no sentido de torná-las melhores socialmente e cumpridoras de obrigações em casa e na escola, não dá certo. Em toda minha experiência eu, como educador, tenho visto o que acontece com crianças que “se criaram por si” ou que não receberam orientações adequadas. Seus filhos precisam não só de uma atenção mas também de um relacionamento com você para que se tornem adultos felizes.
Frequentemente ouço as pessoas dizerem que não querem reproduzir o modelo “durão” de educação que receberam de seus pais. E por não quererem reproduzir um modelo, muitos pais não desenvolvem outro. Como ficamos? Crianças sem modelo de educação a seguir. Sem um norteador para o futuro e consequentemente sem a formação necessária. Precisamos de agir como pais que desejam para os seus filhos a segurança e a tranquilidade na fase adulta. Kevin Leman, autor do livro Transforme seu filho até sexta, editora Mundo Cristão, nos ensina em sua obra que bons pais não podem ser escravos das crianças e muito menos ser permissíveis quanto a condutas indelicadas e às exigências mimadas. Ele nos ensina também que temos que educar os nossos filhos para que eles desenvolvam disciplina, confiança e responsabilidade. Para que aprendam com a realidade e que tenham objetivos e metas na vida.
Você não precisa de ser tudo, ter tudo e oferecer tudo aos seus filhos. Você tem tudo o que é necessário para eles. Já percebeu o tanto que os seus filhos estão se esforçando para agradá-lo? Fazem isso por uma razão única: eles não suportam a ideia de que você não é feliz com eles. Por isso, demonstre essa felicidade, mostrando a eles o quanto os ama. Deixe escapar elogios e invista em dar segurança a eles. Nós, pais, temos todas as cartas do jogo nas mãos. As crianças não têm nada, exceto o que recebem de nós. Veja o quanto somos importantes! O que é importante para você? Educar vai se tornar mais fácil quando conseguirmos inserir nossos filhos na resposta a esta pergunta.


quinta-feira, 25 de setembro de 2014

O sistema imunológico é o “cérebro do corpo”



A frase que dá título a este ensaio é do cientista Francisco Varela, da Escola Politécnica de Paris. Segundo ele, o corpo percebe a si mesmo reconhecendo o que faz parte dele e o que não faz. Por isso, possuímos células em nosso sistema imunológico que, reconhecendo a presença de células estranhas em nosso organismo, promovem um ataque para nos proteger do “invasor”, seja vírus, bactéria etc. Se não há esse reconhecimento e ataque, instala-se a doença.
Em 1974, uma descoberta na universidade de Rochester redesenhou o mapa fisiológico do corpo. O Psicólogo Robert Ader descobriu que o sistema imunológico, tal como o cérebro, era capaz de aprender. Com essa descoberta, cientistas puderam entender que emoção e corpo não eram entidades separadas, mas interligadas. Portanto, o nosso corpo sente quando as nossas emoções não estão organizadas. As emoções podem ser tóxicas para o nosso organismo, pois o sistema imunológico não reconhece, nessa desorganização, a ação de corpos estranhos e, consequentemente, não consegue combater essa autoagressão do próprio organismo. Mas, por que estou falando nisso? O que isso tem a ver com a vida educacional de meu filho? Pois é, tem a ver sim.
Têm sido crescentes entre crianças e adolescentes queixas de dores e quadro de sintomas, sem que, de fato, esteja instalada uma doença. É somatização. E isso, com certeza, pode estar sendo, uma denúncia inconsciente de que algo não está bem com o emocional dessa criança. Se não está bem emocionalmente, certamente teremos desencadeado problemas na aprendizagem e na relação interpessoal com professores e colegas.
O objetivo aqui não é de “terapeutizar” a questão posta, mas alertar aos familiares que vivemos em todo o mundo um momento em que os afazeres da vida nos têm tirado de casa e nos levado, em muitos casos, a afrouxarmos no cuidado emocional de nossos filhos. A busca por tudo que a mídia nos diz de ter e ser nos leva a focarmos em metas e objetivos que nos tiram a atenção àqueles que nos cercam. Por isso, torna-se necessária, e muito, essa reflexão: estou mesmo(a) atento(a) ao emocional de meus filhos? Como tenho agido com o afetivo de cada um? Eu tenho dado atenção necessária e carinho de qualidade a eles? Tenho sido recorrente nessa questão, pois tenho observado que muito tem crescido o número de alunos necessitando de mais carinho e mais cuidado dos pais.
Antoine de Saint-Exupéry, em seu magnífico livro O Pequeno Príncipe, nos ensina que é com o coração que se vê corretamente; o essencial é invisível aos olhos. Nós conhecemos a nós mesmos e ao outro através das emoções. Por isso mesmo é que me dirijo a você no sentido de compartilhar esta questão: somos sujeitos a todo tipo de dor se não estamos sendo ouvidos, compreendidos e seguros. Assim, o que temos que nos preocupar em garantir aos nossos filhos é a “segurança emocional”, que lhe dará a força para desenvolver uma autoestima elevada e, claro, todos os benefícios emocionais que ela garante.


sexta-feira, 12 de setembro de 2014

A desconstrução da criança: o mito da maturidade precoce


Estamos em um tempo histórico, em que a criança está tendo muita visibilidade. Especialistas de diversas áreas do conhecimento teorizam a respeito da criança e da infância. Ora superprotegida, ora com imensos poderes, a criança tem sido também alvo de consumo, acesso a tecnologia, legislação e tudo o mais que faça com ela seja quase comparada a um adulto. Estamos assim, imersos em uma cultura que coloca a criança como um sujeito universal, embora convivamos com a separação entre o mundo infantil do mundo adulto. Paradoxalmente, mesmo sabendo da coexistência desses dois mundos, vivemos em um que exige da criança uma maturidade, que ela não pode apresentar.
Reconhecer e dar às crianças visibilidade não significa fazê-las virar heróis e muito menos levá-las ao mesmo tratamento que dispensamos aos adultos. A infância, primeiro estágio de evolução na vida humana, deve ser cuidada com atenção, mas não como sendo um “momento privilegiado” dessa evolução humana. O desenvolvimento humano é um processo que vai do nascimento à morte, e em cada momento desse desenvolvimento há necessidade de cuidados especiais às pessoas. Em todo esse processo, o ser humano está sujeito a conflitos, a necessidades biológicas e sociais. Portanto, cada período do desenvolvimento humano é essencial. Sendo a criança um ser de grande potencial de aprendizagem, cabe a nós, adultos, pais e educadores, oportunizar a ela condições sociais, culturais, ambientais e biológicas para que o seu desenvolvimento aconteça de forma natural e até mesmo prazerosa. Em condições de segurança emocional e conforto psíquico, o que as crianças necessitam é de tranquilidade para viverem o seu desenvolvimento.
A ansiedade do mundo adulto não pode contribuir para a desconstrução da infância. Os adultos interpretam que a potencialidade da criança e o seu futuro como adulto dependem do desenvolvimento de habilidades ainda na infância. Por isso mesmo, crianças da Educação Infantil têm sido “atropeladas” em seu desenvolvimento com uma enorme carga de responsabilidade que não condiz com a maturidade humana nessa etapa da evolução. Eu tenho visto crianças com agenda de adulto. Será que isso contribui mesmo para que a criança chegue com sucesso na fase adulta? Tenho visto tamanha exigência de performance às crianças muitas vezes estressante e exagerada. O sujeito infantil tem necessidade de aprendizagem e de relação sociocultural típico de uma fase e de sua maneira de se relacionar com o mundo a sua volta.
Nós, adultos, não podemos nos colocar como os intérpretes do mundo infantil. Na verdade, ele fala por ele mesmo. Ao interferirmos nesse mundo, a partir da visão e interlocução que temos dele, como adultos que somos, estaremos sim encurtando o tempo da infância. O que a criança necessita é de ter a oportunidade de exercer o seu pensamento sincrético que traduz e interpreta o mundo de seu jeito. Quando queremos que a nossa criança esteja cada vez mais construindo habilidades, estamos, na verdade, desconstruindo o mundo infantil. Ao desejarmos que crianças vivam como os adultos, estamos dificultando a vida da criança. Precisamos estar atentos a isso. É preciso reconhecer a criança como ser de alto potencial de aprendizagem e com capacidade de se relacionar com o meio, pois é isso que a torna tão especial. Mas não podemos privá-la da infância!

Referência: Dorneles, Leni Vieira. Infância que nos escapam. Petrópolis, Ed. Vozes, 2005.

segunda-feira, 8 de setembro de 2014

Crianças que se tornam adultos bem-sucedidos



Pais e educadores de todo o mundo já têm um desejo: garantir que as crianças (filhos e alunos) se tornem adultos habilidosos e competentes. Há muitos anos, pais e educadores acreditavam que o adulto bem sucedido teria sido também uma criança de sucesso na infância. Para eles a correlação era direta: crianças com bom desempenho na escola certamente seriam adultos de sucesso. Será mesmo?
Nas últimas décadas, pesquisadores da neurociência, pedagogos e psicólogos vêm discordando que notas altas e Q.I elevado sejam indicadores de uma educação de qualidade e garantam que essa criança tenha sucesso na vida adulta. E isso nos faz perguntar “como podemos proporcionar uma educação de qualidade para as nossas crianças?”. O jornalista Paul Tough, autor do livro Uma questão de caráter, da Editora Rio de Janeiro, traz à luz um interessante indagação: Por que a curiosidade e a determinação podem ser mais importantes que a inteligência para uma educação de sucesso? É isso! O livro citado e traduzido para o português por Clóvis Marques tem revolucionado e muito essa discussão.
Os especialistas mais conectados com o mundo contemporâneo têm abraçado a ideia de que competências não cognitivas como autoestima, autoconfiança, responsabilidade e perseverança têm colaborado muito mais para o sucesso de uma pessoa adulta do que o quadro de competências que as pessoas carregam. A escola, em sua missão de preparar para a vida, tem que incorporar em seu currículo formal e disciplinar projetos que garantam ao educando a aprendizagem de estratégias que irão também desenvolver as suas habilidades emocionais. São as atividades diversas, muitas delas fora da sala de aula, que se ocupam de capacitar a inteligência emocional de nossas crianças. Infelizmente, algumas famílias mais conservadoras e ainda não conhecedoras dos desafios que os adultos das próximas décadas enfrentarão ainda acreditam que o papel da escola é só o de aplicar conhecimentos. O cognitivo é importante, mas o emocional é fundamental. Adultos emocionalmente pouco preparados não atingem o sucesso. E se o atingem, não conseguem lidar com ele. Aí está o novo desafio da família e da escola: formar a criança tanto no seu contexto cognitivo quanto no contexto emocional.  No SEB, nós estamos trabalhando para isso.
Em 2013, uma pesquisa foi realizada na fundação Ayrton Senna pelo Boston Conulting Group com mais de 3. 700 respondentes Professores e Diretores. Quase 70% dos depoimentos declararam que as principais competências a serem desenvolvidas na escola são socialização, autonomia, pensamento crítico e resolução dos problemas. Sabe por quê? Hoje, aprende-se conteúdo mais fora da escola do que nela. Informação rápida e de qualidade está à disposição de todos. Agora, as competências aqui relacionadas contribuirão para que os trampolins sociais e as desigualdades possam ser reduzidas e ultrapassadas com mais velocidade. Assim, o sucesso não parece depender somente do conhecimento. É preciso mais ferramentas para que a pessoa atinja o topo. Pense nisso, interiorize essa novidade e tenha certeza de que aqui na Escola estamos atentos a este novo olhar: ensinar o conhecimento, mas fomentar o desenvolvimento de uma inteligência emocional capaz de fazer com que as nossas crianças amadureçam preparadas. Por isso, em nossa proposta pedagógica todas as nossas atividades complementares e eventos são planejados com esse olhar.
Daniel Golenan, Psicólogo PHD por Havard e autor da obra Inteligência Emocional (Editora Objetiva), ensina-nos que o controle das emoções é fator essencial para o desenvolvimento da inteligência emocional e para o sucesso na vida. Dessa forma, como dissertei acima, não é só o raciocínio lógico e habilidades matemáticas que levarão as crianças a se tornarem adultos felizes e de sucesso. Muito pelo contrário. Só o conhecimento nada significa. Se não estamos preparados para perder, como iremos nos preparar para vencer? Só quer vencer quem experimentar a decepção da derrota. É preciso também desenvolvermos em nossas crianças a habilidade de entender outras pessoas. Saber ler o outro é fundamental. Desenvolver nas crianças a capacidade de negociação, solução de conflitos, liderança e sensibilidade social é imprescindível! Tudo isso é ensinar para a vida real. Portanto, que fique bem claro: pai e educador não podem focar só no ensino-aprendizagem de conteúdos curriculares. Afinal, nossos filhos e nossos alunos terão a vida inteira para aprender!
Pense nesse novo paradigma e saiba que educar é a arte de transformar crianças em pessoas felizes.


sexta-feira, 29 de agosto de 2014

Crianças necessitam de viver em seu mundo infantil



Encontrar a criança, o seu lugar no discurso psicanalítico é para mim algo muito estimulante, já que vivo o mundo escolar diariamente, durante grande parte de meu dia e de minha vida. Estou lendo o livro Psicanálise com crianças, de Teresinha Costa, da Zahar Editora. A motivação para essa leitura vem de meu curso de formação em psicanálise. Atualmente, estudo o módulo denominado Psicanálise infantil. Estou muito envolvido, pois, como pai e educador, tenho aprendido muito, questionado bastante e, na verdade, venho refazendo alguns pensamentos em relação ao universo infantil.
Há correntes da Pedagogia e da Psicologia que defendem a crença de que uma criança é um ser feliz e sem conflitos. Esses estudiosos tinham suposto que os sofrimentos dos adultos resultam em encargos para as crianças. Mas acontece também o oposto disto. O que a psicanálise nos ensina é que muito do sofrimento humano na fase adulta e até na maturidade são repetições dos sofrimentos infantis. Portanto, o acompanhamento de nossas crianças é um compromisso sério que a Família e a Escola precisam firmar. Nós, educadores, cuidadores e pais, temos confiado a nós a missão de termos as nossas crianças, considerando-as como seres humanos, cuja felicidade futura depende muito de suas experiências na infância. É no mundo infantil que a criança se manifesta e se denuncia para os adultos. Assim, as crianças precisam de um mundo infantil seguro e íntegro. Um mundo cheio de afetividade e de brincadeiras saudáveis. Viver a infância plenamente oportuniza leveza e equilíbrio às crianças e as prepara para um mundo feliz.
Segundo Roselake, psicanalista infantil e especialista em comportamento humano, os pais devem fazer com que os filhos se interessem pelo universo infantil. É preciso fazer com que as crianças tenham a percepção de que os adultos também gostam do mundo infantil. Para tanto, os pais devem brincar com as crianças. É preciso também que sejam limitados aos pequenos os assuntos dos adultos. Não se trata de impedir a interação com o mundo adulto, mas de ensinar às crianças que existe idade para a compreensão das coisas do mundo. Crianças não necessitam de estarem expostas aos problemas do mundo adulto, por isso, procure se relacionar com a criança, incentivando-a a falar de si, da escola, dos amigos etc. Direcione a fala dela! Pais e adultos que vivem com crianças precisam fazê-las entender que há alguém na liderança. É preciso orientá-las e torná-las confiantes quanto ao rumo tomado.
Crianças inteligentes, espertas e independentes são motivos de muita alegria para os pais. Mas não se pode confundir essas virtudes com maturidade emocional. Acelerar o processo que faz com que os pequenos se tornem adultos mais precocemente é um equívoco. E isso vem ocorrendo principalmente com as crianças que vivem em um mundo mais adulto. Desenvolvimento precoce traz problemas futuros! Não viver a infância plenamente afasta a criança de sua essência e a torna um adulto sem inocência. Portanto, deixemos as nossas crianças viverem o mundo infantil. Não queiramos que cresçam fora de seu tempo. Não podemos esquecer que o ser criança é um ser singular com particularidades que a diferenciam de um adulto. Por isso mesmo, ela se expressa e se manifesta em um mundo que é seu e não dos adultos. Mergulhemos no mundo infantil e sejamos com as nossas crianças, criança também!


segunda-feira, 25 de agosto de 2014

O temperamento dos adultos e a relação entre o sucesso e o fracasso na vida das crianças


A maneira como os adultos se expressam na lida com a criança revela os sentimentos que eles têm para com ela. Segundo o psicólogo educacional Haim Ginott, as palavras dos adultos têm muito poder. Para as crianças, os adultos sabem de tudo. Estão preparados para os desafios da vida e, por isso mesmo, são referência. A criança é capaz de fazer qualquer coisa que um adulto oriente e, com certeza, acreditar em tudo o que ele fala.
Dependendo do que o adulto disser a uma criança, sua autoestima será afetada. Nesse momento, estamos traçando o seu destino: vencedor ou perdedor? Por isso, ao nos dirigirmos às crianças, precisamos estar atentos a todo esse perigo. Nós, pais e educadores, somos os adultos que convivemos com as crianças e, por isso, dirijo-me a vocês: estamos realmente atentos à forma como nos dirigimos às nossas crianças? Estamos cientes da força de nossa palavra? Educar, corrigir e orientar não são sinônimos de reprimir, ofender e humilhar. Podemos ser firmes e educativos com afeto e segurança. Mostrar irritação não significa que tenhamos que ser deselegantes com os nossos filhos e alunos.


Para que nossas crianças e jovens se livrem da bagagem emocional negativa, precisamos rever o nosso temperamento, muitas vezes impulsivo. Precisamos refletir sobre as nossas ações e expressar ideias positivas e construtivas. Serão bem-vindas novas atitudes e principalmente mudança de comportamento mental com as nossas crianças. É preciso que estejamos abertos ao diálogo, considerando que todos nós somos seres humanos sujeitos a erros e acertos e que também somos produto de relações que nem sempre foram bem resolvidas. Muitas vezes as nossas frustrações e decepções afloram em um momento de raiva e esquecemos que na outra ponta há uma criança desprotegida, indefesa e que, por isso mesmo, necessita de nossa compreensão.
Temos que pensar diferente. É preciso que nós assumamos a responsabilidade e o compromisso de fazer melhor. Como bem disse Tania D. Queiroz em sua obra Educar é uma lição de amor, “Não passe a mão na cabeça de seus filhos, mas tampouco brigue ou discuta antes de verificar a verdade dos fatos com imparcialidade... não podemos mudar o mundo, mas podemos mudar o que acontece no nosso mundo, na escola e em nosso lar”. Lendo esse livro, fui convidado a uma bela reflexão sobre o quanto nós, adultos, influenciamos positivamente e negativamente as nossas crianças. Aprendi que muito do que falamos a eles irá ser a formatação da personalidade deles. Aí me vi como filho e como pai. Lembrei-me de meu pai e percebi o quanto tenho dele impresso em mim.
Já pensou nisso? Pense, reflita e imprima maravilhas na vida de seus filhos.